terça-feira, 25 de março de 2014

Doutrina de Choque


Este documentário, feito em 2009 foi tema da aula de Cine-Defesa da semana passada.
Até agora, tivemos muitos bons filmes, mas esse foi excepcional.

Lembrando que o curso de DGEI não assume nenhuma postura capitalista ou anti-capitalista, mas o documentário trata das consequências da implementação no neoliberalismo e os momentos em que se torna propícia a sua implantação.

Baseado no livro da autora e ativista canadense Naomi Klein, o filme retrata um pouco da tese da autora que é o choque como precedente do modelo neoliberal.

Segundo ela, o choque é quando perdemos a noção do que é nossa história. Geralmente, quando acontece uma crise ou uma guerra, perdemos um pouco essa noção e então, ficamos tão preocupados com a emergência e com a manutenção do que tínhamos antes, que acabamos optando por modelos como esse.

"Estudos da década de 50 financiados pelos militares mostram que a terapia de choque (tortura) diminui a capacidade de raciocínio, causa apatia e abaixa a resistência individual, fazendo a personalidade da pessoa regredir. Tal experimento serviu para uma aplicação em larga escala durante guerras, crises e desastres naturais. Com que objetivo? Privatizar e desregulamentar bens públicos sob a doutrina econômica da Escola de Chicago, o neoliberalismo."

O documentário busca desvendar o mito de que o neoliberalismo está atrelado à democracia e à liberdade, mostrando exemplos como as ditaduras no Chile e na Argentina, depois com a Guerra do Iraque, entre outros.

"A doutrina do choque é um documentário essencial para os interessados em conhecer o dano generalizado que o neoliberalismo causou e continua causando, jogando pessoas pra baixo da linha da pobreza e enfraquecendo qualquer possibilidade do estabelecimento de uma política voltada para o bem público."




Trechos retirados de: http://resenharexperientia.wordpress.com/2011/11/14/a-doutrina-do-choque-2009-documentario/

sábado, 15 de março de 2014

Cine - Defesa

Esta disciplina, que não é obrigatória, mas que muitos deveriam cursar, é uma ideia fabulosa do Professor Henrique Paiva, um dos professores mais dedicados ao nosso curso. Realmente exemplar. Um parabéns a este professor.
A ideia é a seguinte: Toda aula ele passa um filme, sempre com assuntos interessantes e pertinentes ao nosso curso e à nossa vivência. Trazendo assuntos novos, ideias diferentes, críticas, conscientização e muito mais.
Por enquanto tivemos 4 aulas ainda, mas posso dar uma ideia aqui de como foram:

Na aula 1 foi apresentada a disciplina e foi pedida uma atividade focada em o que é o cinema. Logo posto o filme pedido.

Na aula 2 vimos um filme sobre os tiroteios em massa que acontecem nos EUA com uma frequência maior do que em muitos países e uma busca de porquê isso ocorre lá.
A atividade era pesquisarmos sobre o armamento da população civil, tráfico de armas, comércio legal de armas, e mais relacionado a isso.

Na aula 3, vimos o famoso Inside Job, que mostra como se iniciou a crise econômica de 2008.
A atividade foi sobre como os poderosos conseguem fazer o jogo deles, fazendo uma população inteira agir conforme eles querem e serem os únicos a lucrar quando o circo pega fogo.

Na aula 4 vimos um filme sobre como vivemos o trabalho e nos esquecemos do mundo, do planeta e de nós mesmos.

Com autorização do professor, posto os filmes aqui!
Super interessantes!

Centro Acadêmico de DGEI

O Centro Acadêmico (CA) de DGEI é dividido em diretorias:

Atlética

Político/Acadêmico

Administrativo/Financeiro

Comunicação

Comissões

Cada uma dessas diretorias possui Presidente, Vice-presidente e Assessor

O Centro Acadêmico do curso busca relacionar o nosso curso com todos os assuntos que sejam de interesses dos alunos de DGEI. Por isso, busca novas ideias, opiniões, necessidades e tudo o que os alunos querem propor. Basta conversar com qualquer um dos membros do Centro Acadêmico, que eles irão encaminhar para o setor necessário.

A parte da Atlética busca formar times, buscar um espaço para treinos e planejar atividades nos mais variados esportes. Basta os alunos buscarem participar, que eles ajudam;

A parte Político/Acadêmico busca resolver todas as questões do curso em si. Professores, aulas, disciplinas, relações com outros setores da UFRJ, como o DRE, as manifestações para as reformas no bandejão, a parte de condução para a Cidade Universitária, reclamações sobre os serviços de ônibus e tantas outras coisas.
Sobre a condução, um fato importante é que muitos ônibus deixam de entrar na Cidade Universitária, cortam caminho, passam em intervalos de tempo irregulares, chegam superlotados, os motoristas trafegam em alta velocidade e muito mais... Então, o pessoal do CA fez um documento, pedindo a opinião, ou melhor, fez uma enquete para ser mais específico, com os alunos e levou esse resultado à uma plenária na UFRJ, entregaram para o prefeito da UFRJ e tentaram entregar ao diretor de transportes que, como já se esperava, não estava presente. Mas isso é uma luta e não vamos desistir. Nem os alunos membros do CA e nem aos alunos de DGEI. Isso é uma causa de todos.

A parte Administrativa/Financeira organiza o quanto foi arrecadado nos trotes, administra como esse dinheiro irá ser usado nas necessidades do curso, planeja as camisas e canecas do curso, que serão vendidas mais tarde, a fim de gerar mais lucro para o CA.

Comunicação está em divulgar tudo isso, fazer o site do curso, organizar palestras, ter uma relação direta com os alunos e muito mais.

Com relação ao bandejão de Letras, prédio onde estudamos, que se encontra parada devido a obras (que não foram iniciadas), eles buscam junto com outros alunos da UFRJ colocar microondas e geladeira para tenta melhorar essa condição e buscam pressionar para o começo das obras.

Em resumo, é isto.
Mas tem muito mais.
Em breve, realizo uma entrevista com algum membro atual do CA e informo melhor sobre este assunto.
O que posso dizer a mais é que os membros precisam se reunir com frequência, muitas vezes tendo que resolver assuntos de última hora, precisam ser muito ativos dentro do curso e precisam documentar tudo. É coisa séria.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Crimeia antes e hoje

A Guerra da Crimeia foi o único conflito sistêmico do século XIX. 


A Guerra da Crimeia foi um conflito que se desdobrou de 1853 a 1856, na península da Crimeia (no mar Negro, ao sul da atual Ucrânia), no sul da Rússia e nos Bálcãs. Envolveu de um lado a Rússia e, de outro, uma coligação integrada pelo Reino Unido, França, Piemonte-Sardenha (na atual Itália) - formando a Aliança Anglo-Franco-Sarda - e o Império Turco-Otomano (atual Turquia). Esta coligação foi formada com o objetivo de conter a expansão russa.


A guerra teve seu início com as incursões russas comandadas pelo czar Nicolau I nos principados otomanos da Moldávia e da Valáquia (hoje Romênia). A RÚSSIA QUERIA SAÍDA PARA O MAR QUENTE, ALÉM DE POSSUIR INTERESSE NOS PAN-ESLAVOS, QUE ERAM RUSSOS HABITANTES DA CRIMEIA. Os turcos abriram guerra à Rússia ( O IMPÉRIO TURCO-OTOMANO ERA GRANDE, MAS DECADENTE - O GRANDE ENFERMO ), que os derrotou facilmente em Sinope, Ucrânia. Temendo a expansão russa, a aliança foi formada. ( A FRANÇA TINHA INTERESSES NO NORTE DA ÁFRICA E A INGLATERRA TINHA MEDO DE A ALEMANHA GANHAR ESPAÇO, POIS SE A ALEMANHA ENTRASSE, ELA SE FORTALECERIA. SE A FRANÇA ENTRASSE NO CONFLITO, PROVAVELMENTE A PRÚSSIA IRIA INVADIR A FRANÇA, E GANHARIA. LEMBRANDO QUE A ALEMANHA TINHA O INTERESSE DE CONTROLAR ECONOMICAMENTE O IMPÉRIO TURCO-OTOMANO, MAS COMO A GRÃ-BRETANHA ENTROU NO CONFLITO, A ALEMANHA SE MANTEVE QUIETA, POIS SABIA QUE ONDE A GRÃ-BRETANHA ENTRAVA, ELA GANHAVA ). Em troca de apoio, os turcos consentiam a entrada de capital ocidental na região. Em setembro de 1854, os russos já haviam sido expulsos da região. No entanto, os ingleses acreditavam que a base naval russa em Sabastopol, na Crimeia, era uma ameaça futura. Para impedir novos conflitos, ingleses e franceses investiram contra a cidade, dominando-a em 1856.

A Italia não teve grande participação, mas entrou no conflito devido à política beligerante de Cavour, primeiro na Guerra da Crimeia, depois contra a Rússia. A Italia tentava se fortalecer, pois vinha sofrendo intervenções externas de França e Áustria, que vinham dificultando sua unificação. Dessa forma então, poderia ser uma chance de ganhar espaço entre as potências já existentes.

A guerra chegou ao fim com a assinatura do tratado de Paris de 30 de março de 1856. Pelos seus termos, o novo Czar, Alexandre II da Rússia, restituía o sul da Bessarábia e a embocadura do rio Danúbio para a Turquia e a Moldávia, abdicava a qualquer pretensão sobre os Bálcãs e ficava impedido de manter bases ou forças navais no mar Negro.


fonte: http://www.sohistoria.com.br/ef2/crimeia/

Anotações com letras maiúsculas são informações da aula de História dos Grandes Conflitos. Professora Mariana Kalil. DGEI. UFRJ. 2014.

Agora vamos lá. Vamos fazer um paralelo com a atualidade.


A população da Crimeia é composta de 57% russos e 27% ucranianos. Ainda existe uma minoria, os tártaros, são 12 % da população e constituem uma etnia muçulmana que é hostil à Rússia, logo, não deseja sua união com ela. Porém, a maioria russa levanta bandeiras russas nos protestos, buscando anexação ao país. 

Moradores da península desde o século 15, durante a Segunda Guerra Mundial colaboraram com os alemães e por isso foram deportados em massa por Stalin. Conseguiram retornar à sua terra ao final do conflito, mas tiveram de esperar por Gorbachev e a Perestroica para obter novamente o direito de votar e os demais direitos civis.
Hoje, junto à minoria ucraniana, apoiam o governo filo europeísta de Kiev, não têm a menor intenção de se tornarem russos e são abertamente hostis a Putin e à política de Moscou.
A Rússia está enviando soldados, além de já possuir 11 mil funcionários russos na base militar de Sebastopol, zona sul da Península da Crimeia. A Rússia também possui uma frota de 60 mil navios neste lugar pois lá é a saída que leva a Rússia ao Mediterrâneo. Lembra da Guerra da Crimeia, onde a Rússia queria uma saída para o mar Negro? A Inglaterra não ajudou a França somente por medo de a Alemanha ganhar poder, mas também, para não permitir que a Rússia, o grande urso, pudesse também enfrentar a baleia nos mares. a Rússia já era grande demais em terra, mas não podia brigar ao mesmo nível com a Inglaterra, rainha dos mares.
A perda de Sebastopol pela Rússia implicaria em enorme perda de poder e um raio considerável de sua armada de guerra.
Em 2010 o parlamento russo e o ucraniano ratificaram um acordo que estende até 2042 a permanência da frota russa em Sebastopol, em troca de um desconto de 30% no fornecimento de gás russo à cidade de Kiev.
"Anexada à força pela República Socialista Soviética da Ucrânia em 1954, durante o governo de Nikita Kruschev, a Crimeia proclamou sua própria independência em maio de 1992, dois anos e meio após a queda do Bloco Soviético.
O governo autônomo decidiu, no entanto, permanecer coligado à Ucrânia, porém com o status de República Autônoma, com um governo e parlamento próprios, com sede na cidade de Simferopol.
A 27 de fevereiro último, no bojo dos eventos que na Ucrânia levaram à destituição do Presidente Vicktor Yanukovich, um grupo de homens armados tomou posse do Parlamento em Simferopol e substituiu o governo legalmente eleito por um outro guiado por Sergiy Aksyonov, um político filorusso. Este novo governo e as forças que o sustentam são contrários à política europeísta dos revolucionários ucranianos.
Nos últimos dias, o Parlamento de Simferopol, sob a pressão do povo nas ruas, foi obrigado e instituir um referendum para o próximo dia 16 de março a respeito da extensão da autonomia da Crimeia. A população da península será chamada a votar a respeito da separação da Ucrânia e a adesão a uma política filo Rússia."
Agora, veja a situação que poucos sabem:
"Gazprom é a maior empresa russa no setor extrativo, especializada em gás natural e petróleo. As nações que dependem da Gazprom para o seu abastecimento energético são muitas. Entre elas a Bósnia-Erzegovina, Estônia, Letônia, Lituânia, Macedônia, Eslováquia, Bulgária, Hungria, República Checa e Ucrânia. Muitos países ocidentais, entre eles a Áustria, Alemanha, França e Itália confiaram à gigante russa boa parte do seu fornecimento de gás. 
Com a recente queda do presidente ucraniano filo russo Viktor Yanukovic e a subida ao poder do governo de união nacional, a Gazprom  informou que a Ucrânia tem uma dívida atrasada com a empresa de cerca 1,50 bilhão de dólares.
Se a conta não for saldada o mais rapidamente possível, Gazprom será obrigada a cortar pela metade o fornecimento de gás ao país e aumentar as tarifas.
A situação é muito delicada, pois os principais gasodutos da Gazprom atravessam o território da Ucrânia. Eles transportam o combustível das jazidas siberianas para toda a Europa. Se esses gasodutos fossem bloqueados – e a Gazprom poderia fazê-lo, já que dispõe de gasodutos alternativos que não passam pelo território ucraniano – o país seria obrigado a declarar default no giro de poucos dias. As tarifas pagas pela Gazprom ao governo de Kiev constituem, com efeito, a principal fonte de entrada de divisas para o país."
No último dia 8 o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse em telefonema ao chanceler russo, Sergei Lavrov, que qualquer passo da Rússia para anexar a região ucraniana da Crimeia fecharia as portas para a diplomacia.
Veja bem... EUA gostam de promover a paz, são os pivores da ONU, que ficou em substituição a Liga das Nações, organização criada para promover a paz e evitar novas guerras e tal... EUA querem manter a paz sem observar o interesse da maioria da população, mais de 50%, que é russa e quer se anexar à Rússia? Não seria melhor ao invés de avisar que vai fechar as portas da diplomacia, buscar uma diplomacia?
Isso claro, gerou uma resposta de Putin, presidente russo, que disse ser fiel aos interesses na região. 
Algo nos remetendo à antiga rivalidade de 25 anos atrás?
Há poucos dias, o novo premiê da Crimeia, Sergiy Aksyonov, pediu ajuda a Moscou, que foi aceita em poucas horas, porém, a Ucrânia não reconhece esta autoridade e ameaça irromper todas as relações com Moscou. Ucrânia pede intervenção dos EUA, UE e OTAN.


"Até hoje, os países da União Europeia se limitaram a condenar a ocupação russa da Crimeia e a jogar as cartas da diplomacia, mas nada disso parece dar os frutos esperados. Putin foi bem claro ao dizer diretamente a Obama que a Rússia “fará de tudo para proteger seus próprios interesses”. Ao mesmo tempo, o governante russo solicitou aos militares de Sebastopol e de Simferopol, concentrados no interior das casernas, que entreguem as armas e se rendam ao exército russo."
Quais seriam as consequências?
"Ainda é difícil prever o que acontecerá nos próximos dias. A anexação da Crimeia pela Rússia conduzirá certamente a condenações e sanções por parte da comunidade internacional, que afetarão a já combalida economia russa. Esse gesto poderia, além disso, apressar a adesão da Geórgia à OTAN, tornando dessa forma ainda mais precária a segurança russa ao longo das suas fronteiras.

Os analistas são unânimes ao firmar que a minoria tártara não se submeterá facilmente a um eventual governo russo da península, lançando assim as bases para um novo conflito étnico que apresentaria inquietantes semelhanças com a guerra na Chechênia."
fonte: http://www.brasil247.com/pt/247/revista_oasis/132969/Crimeia-%C3%89-alarme-mundial-Pen%C3%ADnsula-%C3%A9-piv%C3%B4-de-perigosa-crise-internacional.htm

Veja o mapa para entender melhor:

Russos se manifestando na Crimeia



Minoria se manifestando contra Putin, comparando-o a Hitler


Base russa em Sebastopol



Minoria muçulmana tártara









segunda-feira, 3 de março de 2014

Resumo aula 1 - História dos Grandes Conflitos

Objetivo não só de debater a História dos Grandes Conflitos, mas também as disputas das Relações Internacionais.

1648 - Paz de Vestfalia.
Resultado da Guerra dos 30 anos.

A Guerra dos 30 anos foi um conflito que durou entre 1618 e 1648 e foi decorrente
 da necessidade de aumento de poder pelas monarquias europeias. Essa concorrência gerou o conflito.

Um exemplo disso foi o caso do Sacro Império Romano Germânico. Dele surgiu a Reforma Protestante. Havia diversos reinos nessa região, alguns católicos e outros, protestantes. 

Ambos não admitiam a prática dentro do Império, de religiões contrárias as suas.

O conflito começou com um levante protestante na cidade de Praga que estimulou outras nações anti-católicas a combaterem o Império Habsburgo, que queria combater os protestantes no Sacro Império e aumentar seu poder político. Inicialmente, os Habsburgos foram vencendo os protestantes e então, desfrutou de imenso território, apoiado pela igreja católica. Os demais então, ficaram preocupados com o surgimento de um grande dominante, que viesse a disputar posteriormente no mercantilismo com eles.

Pouco depois então, após os Habsburgos terem lutado contra Holanda, Dinamarca e Suíça por motivos religiosos, entra a França, católica no conflito, que deixa então de ser religioso.

Em 1648 o tratado de Vestfália negociou os finais da Guerra, pretendendo negociar o conflito que mobilizou quase toda a Europa. A França impôs que os Habsburgos continuassem seu projeto expansionista em direção ao Império Turco-Otomano, e além disso conseguiu com que nações como a Suíça e Holanda conseguissem consolidar a independência de seus estados.

A Paz de Vestfalia inaugurou, então, a RAISON D`ETAT que é a igualdade entre os Estados, a ideia de soberania e de não-intervenção.

As potências que formavam o Sacro Império Romano Germânico nos séculos XVII e XVIII eram França, Grã-Bretanha, Espanha, Portugal e Rússia.

No século XVIII, houve a ascensão dos EUA como potência não europeia e independente. Em 1812, aconteceu a segunda guerra de independência americana. Com as guerras marítimas contra a Inglaterra, os EUA conseguiram mostrar que tinham poder.

1824 - Doutrina Monroe 

Lógica do Sistema Internacional na época era de soma zero. Para um ganhar, o outro tem de perder.

1810 - 1830 - Independências latino-americanas.

Sombra Saraiva diz que essas independências foram o único rombo no Congresso de Viena (lembra, que o Congresso de Viena restabeleceu a Europa pré-napoleônica, inclusive as colônias de cada país? Ele foi em 1815. Estabeleceu o regresso das fronteiras e das dinastias.)

Neste momento, mudou então de RAISON D`ETAT para RAISON DE SYSTHEME.
Um exemplo do funcionamento da segunda, é o fato de a Inglaterra ora se aliar à Santa Aliança (conservadora) e ora se aliar à França (liberal), a fim de equilibrar o sistema.

1822 - Congresso de Verona 

Quando a Grã-Bretanha assume mesmo esse papel de equilíbrio da balança. Com o tempo, a GB se isolou na fase que foi chamada de Isolamento Esplêndido.
A GB não queria que a Santa Aliança ganhasse poder porque os conservadores tinham interesses contrários aos dela, pois ela estava passando pela Revolução Industrial e queria mercados novos, claro.
A GB foi chamada de fiel da balança.

Santa Aliança era formada por Rússia, Prússia e Áustria.

Contrariamente a ela, liberal então, tinha a França.

Conserto Europeu é o nome que se dá ao Sistema criado com o Congresso de Viena.

Divergências entre Rússia e GB: GB era potência naval hegemônica e a Rússia queria saída pro mar quente. Ela buscava isso no estreito de Bósforo, que fica nos Balcãs. A legitimidade das intervenções russas nos Balcãs se dava com o Pan-eslavismo.

Convergências entre Rússia e GB: Ambas queriam conter a França e seu liberalismo, com exceção dos Balcãs.

Divergências entre França e Rússia: liberalismo francês X convervadorismo russo.
Exemplo: independência da Grécia (estimulada pela Revolução Francesa contra o Império Otomano) - 1830


Hobsbawn diz que Revolução Gloriosa + Revolução Industrial formam a 

Revolução Dupla.
França e Inglaterra foram os primeiros a passar pela revolução dupla.

Os liberalismos britânico e francês eram diferentes. Ora convergiam e ora divergiam. O impacto dessas divergências na balança de poder europeia foi a crescente bipolaridade entre blocos que levou a uma multipolaridade. Não houve a iminência perene de um conflito sistêmico porque os princípios, valores e interesses do conserto europeu prevaleceram mesmo após as conferências deixarem de acontecer.



Esta foi a aula 1 de História dos Grandes Conflitos. Dia 20 de fevereiro de 2014.
Aproveitem o estudo.


Resumos de matérias

Olá pessoal,

Então,
Estudando para Tópicos especiais - China, tive uma ideia:
Muito melhor do que postar a bibliografia do que estudamos, vamos mostrar o que estamos lendo e aprendendo.
Os convoco a postarem aqui seus resumos de matérias a fim de mostrarmos aos novos um pouco da nossa rotina de estudos e também, para ajudarmos uns aos outros a transmitir conhecimentos, termos um local base para revisar para as provas...
E é isso.
Eu mesma procurarei postar resumos do que eu ando estudando, mas claro, de matérias que eu me identifico mais. Por exemplo, não farei resumos de forma alguma de macroeconomia!
Mas gostaria que todos que puderem, participassem!

Em breve postarei resumos sobre China, claro, de acordo com o andamento da leitura durante o caminhar da disciplina.

Um bom dia a todos os DGEIanos!