terça-feira, 29 de abril de 2014

Laranja Mecânica

Laranja Mecânica

"Por que uma sociedade patriarcal, machista, sexista, prioriza a violência como método de conflito preferível?"

Ver esse filme sem pensar nos objetos abaixo, não é a mesma coisa.
Muita gente deve assistir a esse filme sem saber exatamente do que se trata e o porquê da história. Mas o que faz desse filme um bom filme são esses fatos que devemos analisar enquanto assistimos a ele.
Eu não teria entendido nada se o tivesse visto antes da aula de semana passada.

"Falocentrismo, Mulher objeto, Hedonismo, Correção Científica, "Cura" por terapia e lavagem cerebral, Ganhos políticos, Jovens desempregados e Família alienada."

Material entre aspas de Henrique Paiva.

Vale à pena ver, observando estes pontos citados.
Apesar de antigo, ainda é uma história atual.

Segue abaixo o trailer.
Vocês podem alugar no youtube no link: https://www.youtube.com/watch?v=1DbWu51y47E



A violência contra mulheres deve acabar!



DGEI - Vídeo de Henrique Paiva


segunda-feira, 28 de abril de 2014

Valsa com Bashir

Este filme, apresentado também na aula de Cine-Defesa, trata de traumas sofridos por pessoas que lutaram em guerras, como o Transtorno de Stress Pós-Traumático, por exemplo.
Atualmente, estima-se que a cada dia, um entre dez militares norte americanos que foram para guerras, se suicidam. O número de mortos já ultrapassa as mortes na própria guerra do Iraque.
O que acontece nesses casos, é que, quando as pessoas passam por momentos fortes e são levados à sua exaustão, podem passar posteriormente por níveis de adrenalina ainda altos no sangue, que deveriam ter baixado após os fatos estressantes. O Cortisol é um hormônio que baixa a adrenalina. Nessas pessoas ele é produzido em menor quantidade, deixando níveis altos de adrenalina no sangue, fazendo com que a pessoa passe por episódios de raiva, depressão, ansiedade, violência e recorrer ao uso de drogas.

Seguem abaixo links de matérias onde isso é notado:

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/34659/atirador+de+fort+hood+era+veterano+de+guerra+com+problemas+psiquiatricos.shtml

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/03/130316_veteranos_iraque_jp_pu.shtml

Já os veteranos do Iraque contra a guerra (Iraq veterans against the war) fazem projetos para estimular a paz, mas não somente isso. Principalmente mostram os danos da guerra tanto físicos no ambiente como na saúde mental de quem participa da guerra.

Segue o link da associação para quem desejar conhecer melhor:

http://www.ivaw.org/

Já abaixo, segue o filme no link:

http://vimeo.com/33186000

E o trailer na miniatura de youtube abaixo:



Matéria inspirada na atividade proposta por Henrique Paiva, professor de Defesa e Gestão Estratégica Internacional, aula de Cine-Defesa.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Os militares que disseram não à ditadura



Mais um filme apresentado em conjunto da programação realizada pelo CADGEI de 50 anos de Ditadura e Cine-Defesa.



"A população desarmada merece o respeito da população armada."


Intercâmbio do Aluno Vinícius Janick

Vinícius é aluno do 8º período de Defesa e Gestão Estratégica Internacional.
Ano passado ele ganhou uma bolsa de intercâmbio para Portugal, através do programa de bolsas Santander.
O Banco Santander reservou vagas para o nosso curso e outros cursos novos da UFRJ.
Nossa coordenadora conseguiu 3 vagas para DGEI.

Vinícius então, estudou na Universidade do Porto por 6 meses.
Ele contou que o Santander dá a bolsa, mas que o aluno tem que arcar com a passagem.
Eram 550 euros por mês.
Diz ele que lá dá para viver bem com esse dinheiro.
Ele morou em uma República com mais 14 estrangeiros.
Disse que foi uma ótima oportunidade para aperfeiçoar o inglês, língua comum entre os estudantes desconhecidos. E também, para conhecer a cultura de cada um deles. Tinha pessoas de Paris, Madri, Barcelona...

Ele aproveitou para puxar matérias de economia.

Os pontos positivos na sua opinião são:
Ter uma faculdade estrangeira no currículo
Ter participado de uma empresa júnior de lá.
Experiência cultural.
Aprendeu a administrar as coisas sozinho.

Além disso, ele disse que a visão de mundo que ele tem hoje é completamente diferente de antes. Muito melhor.

Além disso, visitou outros países próximos de Portugal.

Aos poucos, irei colocar mais experiências de outros alunos que realizaram intercâmbio!
Em breve, intercâmbio de Marco Antonio (Baiano), que viveu em Coimbra e Londres.



Primeira colação de grau do curso de Defesa e Gestão Estratégica Internacional

Ontem, dia 10 de abril foi a primeira colação de grau do nosso curso.
São os primeiros alunos formados, com o título de Analista de Defesa e Gestor Estratégico Internacional.
São os únicos com esse título no Brasil.

São mais do que especiais...

Eles têm a responsabilidade maior por serem os primeiros, mas também têm o orgulho de serem da primeira turma de DEFESA E GESTÃO ESTRATÉGICA INTERNACIONAL.


"Saímos da UFRJ para entrar para a história." 
                                                              Aluno Pedro Henrique dos Santos Sá

A colação teve a presença de nada menos que:


   O EXCELENTÍSSIMO Prof. Antônio José Ledo da Cunha (VICE-REITOR)


   A ILUSTRÍSSIMA Profa. Ângela Rocha dos Santos (PRÓ-REITORA DE GRADUAÇÃO)
   
        A ILUSTRÍSSIMA Profa. Vanessa Oliveira Batista Berner (VICE-DECANA DO CCJE)



        A ILUSTRÍSSIMA Profa. Eleonora Ziller (DIRETORA DA FACULDADE DE LETRAS)


 e por último, mas não menos importante, nossa querida coordenadora MARIA ISABEL SAMPAIO (COORDENADORA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO DO CURSO DE DEFESA E GESTÃO ESTRATÉGICA INTERNACIONAL).

"O curso de Defesa e Gestão Estratégica Internacional se diferencia do curso de Relações Internacionais por estudar, além dos Estados como atores soberanos no cenário internacional, também os setores em que o Estado pode atuar, como social, saúde e meio ambiente." Maria Isabel Sampaio em seu discurso durante a colação.

Os que participaram da criação do nosso curso relembraram as dificuldades do projeto de criação e posteriormente, do local a ser sediado para nossos estudos, das burocracias, de toda a dificuldade em organizar diferentes núcleos da UFRJ para formar nossa grade curricular, visto que temos uma grande bem ampla, com matérias de política, história, economia, saúde, direito e até um pouco de exatas, com matérias do Instituto COPPEAD, que também são de administração e marketing. Também se lembraram de toda a dificuldade para se aprovar a nova grade curricular, reformulada em 2012, afim de melhorar as capacidades dos alunos.

Particularmente, eu acho que nossa grade é muito bem recheada e completa. Somos profissionais com conhecimentos muito abrangentes e não estamos limitados a apenas uma área de conhecimento. Além do mais, esses conhecimentos são aprofundados, pois não são disciplinas com pouca quantidade de matéria para estudar. É pesado. Passamos horas presenciais dentro da Faculdade e a leitura para casa nos ocupa quase todo o tempo livre.

O vice-reitor, que fez Medicina, nos fez pensar no futuro. Que políticas poderemos criar para cuidar de uma população envelhecida? Contando que os idosos deixam de produzir em sua maioria e passam a desfrutar de gratuidades, como nos ônibus por exemplo, que políticas poderíamos criar para fazer a economia girar ainda assim? Num futuro próximo, a população contará com muito mais idosos que hoje.
Ainda nos fez refletir sobre o aumento de pessoas entre 24 anos e 35 que possuem ensino superior completo hoje e antigamente.
No Brasil, subimos 4% num período aproximado de 40 anos e na Coréia do Sul, eles saíram de 13% para mais de 60%. Um aumento de mais de 50%.
O que está acontecendo no Brasil e lá?
Quais são as diferenças?

São nesses casos que podemos ser requisitados, por exemplo.
Somos pensadores estratégicos.
Que estratégias poderemos desenvolver no futuro?

O QUE FAREMOS PARA MELHORAR O BRASIL???

Para encerrar de maneira brilhante esta matéria, palavras do formando Pedro Henrique dos Santos Sá:

"Nada é impossível. O impossível é uma questão de percepção. A prova do impossível está diante de vocês."

O CURSO DE DEFESA E GESTÃO ESTRATÉGICA INTERNACIONAL É O PRIMEIRO CURSO QUE CAPACITA CIVIS A FORMULAR ESTRATÉGIAS PARA O BRASIL. FUNÇÃO ANTES, LIMITADA APENAS AOS MILITARES.

JURAMENTO:

Prometo exercer a minha função de analista de defesa e gestor estratégico internacional, fundamentado na ética profissional e na justiça, ao atuar criticamente nos temas de defesa, segurança e estratégia, consciente dos meus deveres cívicos na promoção de uma sociedade mais justa, democrática e respeitadora da diversidade, e comprometido com a solidariedade entre os povos. Perante os presentes, eu juro!



Não poderia deixar de citar nosso ilustre professor Henrique Paiva, que com toda a emoção nos olhos, comandou a cerimônia.






quinta-feira, 3 de abril de 2014

Aula 3 - História dos Grandes Conflitos

Soberania Política Europeia.

Guerra de Sucessão Espanhola: Vitória da GB e Portugal.
Gerou para o Brasil os Tratados de Utrecht, que foram ganhos territoriais, atualmente Amapá e o sul do Rio Grande do Sul.

Durante o período colonial, as guerras sistêmicas, as guerras de conquista, tinham um impacto sobre o sul global, pois havia o "exclusivo colonial".

Revolução Francesa, movimento liberal, guerras napoleônicas = mundo contra o pacto colonial.

Independência do Haiti

1) Faceta liberal-conservadora -> compunha a monarquia constitucional. GIRONDINOS
2) Liberais-Republicanos -> República-> JACOBINOS
3) Liberais-Utópicos ou radicais -> proposta de socialismo utópico

1886 - PRIMEIRO MOVIMENTO COMUNISTA DO MUNDO
1º de maio, foi um movimento operário.

Qualquer liberalismo questionava o cerne da presença europeia no mundo.
Revolução Francesa e Iluminismo, segundo Hobsbawm, foram os primeiros movimentos a ter impacto global. Foram os primeiros movimentos ecumênicos.

Inspiração Francesa na política indiana.

Elites do sul global estudavam na Europa.

FILOJACOBINISMO - afiliação ao liberalismo republicano. Não foi inspiração de movimentos liberais só na Europa, mas no sul global também.

Foi a faisca das independências na América Latina.
Se isso foi a faísca, o que fez explodir foram as guerras napoleônicas.

A invasão de Napoleão à Espanha e Portugal gerou um vazio de poder, que fez com que essas elites vissem uma oportunidade para as independências.

Na América Latina em geral, os filo-jacobinismos levaram à fragmentação -> REPÚBLICAS

1808 - pressão de Napoleão fez a família real se mudar para o Brasil.
Isso nos trouxe inovação.

1822 - D. João teve que voltar a Portugal.

Reação liberal-conservadora -> monarquia constitucional
Declarou Independência

O Concerto Europeu tinha o objetivo de restauração tanto dinástica quanto territorial.

O ABSOLUTISMO NÃO ERA MAIS POSSÍVEL.

Exemplos de que o absolutismo não se sustentava mais:
As Três Ondas Revolucionárias:

1) 1830 - Revolução Liberal do Porto e Revolução Espanhola.
A do Porto levou D. João de volta à Portugal e a Espanhola fez a corte assinar, jurar uma nova constituição, com o apoio do exército espanhol.
Também houve a Independência da Grécia e direitos concedidos ao trabalhador.

2) 1848 - PRIMAVERA DOS POVOS - que embora não tenha sido muito bem sucedida, ou seja, não levou à republicanização da Europa inteira, levou 2 fenômenos bem importantes: um deles foi a queda de Metternich, que era o artífice do concerto europeu na Áustria, no Império Áustro-Húngaro e cada vez mais a noção de que o despostimo tinha que ser esclarecido. Absolutismo iluminado, que levou, na década de 50 e 60 do século XIX a um fim da escravidão na Rússia.

Liberalismo tendo impacto na Europa e nos EUA.

Mas o Status Quo (restauração dinástica e territorial), embora questionado , só foi desafiado com sucesso em 2 casos: na Indep. da Grécia em relação ai Império Turco-Otomano e nas Indep. da América Latina.

Império Turco-Otomano = "O Grande Enfermo" do século XX
Capital = Turquia. A essa época, um estado muçulmano. Ela ocupa uma fatia territorial enorme neste momento.
Vai desde o norte da África, passando pelo leste europeu e pelo Oriente Médio, até as fronteiras com Índia e China.

A China era um império, a Índia era uma colônia britânica (Índia + Paquistão + Bangladesh)

O resto da África = África Subsaariana (colônias de diversos países europeus)

1º adendo: a maneira com que o Império Turco-Otomano governava: ele centralizava e descentralizava o poder.
Algumas partes do Império tinham mais autonomia do que outras e isso muda as relações de cada uma com a Turquia.

O pan-arabismo estava contra os jovens turcos (que eram turcos que queriam uma república).
Mas o pan-arabismo também lutava contra a Turquização, que nada mais era do que a muçulmanização obrigatória, com base no que o Estado turco faria no Império Turco-Otomano.

Nos Balcans, tem os pan-germânicos, que têm apoio posterior da Alemanha, por exemplo: que lutavam contra o Império Turco-Otomano.

É claro que, se a Rússia entrasse para apoiar os pan-eslavos, que também tinham um rivalidade com o pan-germanismo, no momento em que a Rússia entrasse para ajudar o pan-eslavismo, os pan-germânicos se juntariam com o Império Turco-Otomano.
Foi o que aconteceu na Primeira Guerra Mundial.

Nela, a rivalidade entre pan-germ. e pan-eslavos gerou:
Quando Francisco Ferdinando foi assassinado na Bósnia, que então era austríaco, a Áustria declarou guerra contra os pan-eslavos e eles tinham apoio da Rússia...

Por que o Império Turco-Otomano entrou do lado dos alemães?
Porque os alemães não tinham interesse necessariamente em acesso territorial ao Mar Quente.
A Alemanha já tinha se declarado protetora dos povos árabes, reconheceu a independência do Marrocos e então, ela já tinha por onde sair.
Os russos queriam sair pela Crimeia.

A relação entre o pan-arabismo e o pan-germanismo está aí: ambos contra o império turco-otomano, Alemanha reconhece a indep. do Marrocos e ganha saída pro mar.
O império Turco-Otomano então, sem muita escolha, ajuda a Alemanha na guerra, porque a Rússia tinha interesses territoriais na Crimeia e a Alemanha não.

Palestina = início da ocupação judaica.
1898 - 1º Congresso Sionista, que foi onde Israel, que era a antiga palestina, foi declarado "zaia" (não sei se ouvi certo), a terra prometida. Quen então, levou à ocupação judaica na Palestina.

Começava o conflito entre judeus e palestinos.

No início, os judeus faziam atentados terroristas contra os palestinos, igual ao que o Hammas faz hoje.

Síria - também era Império Turco-Otomano. Ela tinha um projeto de Grande Síria, que contava pelo menos com a anexação do Líbano, mas o Líbano não queria isso.

Ninguém estava satisfeito.
AS ALIANÇAS ERAM SÓ INTERESSES.

Não era fácil pros povos que formam o IMP. T.O. (Império Turco-Otomano), juntar forças para lutar contra ele, porque eles tinham que lutar com o seu vizinho também, e quando o bicho pegava, esse vizinho se juntava ao IMP. T. O.

Só a Grécia conseguiu porque a Inglaterra tinha o interesse de afastar a Rússia dessa região.
Se a Rússia conseguisse a Grécia, ela conseguiria chegar mais perto do Mediterrâneo.
A Rússia não reclamou porque aí era mais fácil para ela ter acesso a um Estado mais fraco.

África-Subsaariana - o modelo europeu de colonização teve 2 fases:

1) Até o Congresso de Berlim, que é uma fase que atravessa do mercantilismo ao capitalismo financeiro. Nesta fase, eles não ocupam a África. Há exploração de mão-de-obra, há escravidão, há acumulação de capital primitivo.

2) Imperialismo (chauvinismo = nacionalismo + expansionismo) passar a existir.
Um desses exemplos foi o argumento do fardo do homem branco, ou seja, da missão civilizatória.

O Congresso de Viena dizia que para possuir uma colônia na África, deveria se usar do UTIS POSIDETIS.

A desculpa para ocupar era o fardo do homem branco, e não, o Congresso de Berlim.

Agora, depois do Congresso, o que antes era domínio comercial, virou colônia.

O Egito também estava dentro do Imp. T. O., mas ele tinha autonomia. Então, já estava se industrializando.
A Ingl. então, depôs o presidente e começou a ocupar o Egito, mas a França também queria. Era uma passagem mais lucrativa pra GB. A França queria porque ali no oriente médio tem petróleo, como na Síria e no Líbano, por exemplo.

Então, o que a GB fez pra FRA parar de reclamar?
Fornece à FRA a construção do CANAL DE SUEZ.

Mas ainda assim, a FRA queria entrar em guerra com a GB.
A Península do Sinai já era Francesa.
Se a FRA decidisse entrar em guerra com a GB, ela até poderia, mas ia dar um trabalho danado pra GB.
A GB estava ocupada com suas tropas na China e na Índia.
A FRA estava ocupada em controlar o norte da África.

CHINA: Era um Império. Não era completamente coesa.

Rebelião Taiping na década de 50 e 60. Eles achavam que eram cristãos. Dizem que eles tinham um discurso comunista e que Mao se inspirou neles. Os Taipings meio que desafiaram o Império, abrindo para o exterior, aí o Império não gostou e pediu ajuda.
Foi aí que foram impostos os Tratados desiguais, como o de Nanquim.

Relações Comerciais desfavoráveis para a China.

Antes disso, um sinal de fraqueza da China foram as Guerras do Ópio.
Eram guerras do Império contra a GB.

Então, vieram os Boxers, no século XIX, que queriam se separar da CHINA.

JAPÃO: Samurais, feudal. Era um Império feudal. Autárquico.
Voluntariamente, ele assinou um acordo de livre comércio com a GB, EUA e FRA. Claro, com milhões de canhões apontados para a costa japonesa.

1860 - ERA MEIJI - era de abertura comercial. Era o fim dos samurais e começava o Xintoísmo.

SOMENTE A GRÉCIA E A AMÉRICA LATINA CONSEGUIRAM GRITAR CONTRA A EUROPA, POR QUÊ?

1812 - 2a guerra de indep. dos EUA.
EUA X GB por nordeste de Canadá e EUA. Impasse natal.

Desde a guerra de Secessão, os EUA já eram fortes, mas ali foi quando a GB entendeu que não dava mais pra brincar na América Latina.

1824 - Doutrina Monroe

Se a GB não podia mexer, a FRA iria mexer? Não! A Espanha? Não!

Ninguém tinha poder naval para isso.

Ao longo do século XIX, a GB ofereceu para os EUA um "buffering" no oceano Atlântico. Porque enquanto a GB exercia a PAX BRITANICA, ela isolava os EUA. Ela fazia com que o Atlântico fosse uma zona de proteção à América contra o imperialismo europeu.


Época do capitalismo financeiro -> GB fazendo pressão pro livre comércio nas Américas.

PERCEBEMOS ENTÃO, QUE ENTRE 1815 E 1914, O LIBERALISMO FEZ MUITAS MUDANÇAS.

Mesmo sendo um século de paz, o século XIX trouxe muitas mudanças com o liberalismo.
Mudanças também nas constituições italiana e alemã, que criavam conjunturas para novos conflitos.
Foi um século onde o comportamento da Europa quase não mudou, mas no resto do mundo, sim.

Dentro da Europa Ocidental: tendência a um equilíbrio.
Mas por dentro, os Estados estavam insatisfeitos.

O Conflito nos Balcans, que explodiu, puxou Áustria e Alemanha para o lado da Bósnia e Rússia e GB pro lado da Sérvia. Lembrando que, se fosse contra a Alemanha, a França entrava junto da GB, então, ficou GB + RUS + FRA X ALE.

O maior problema que deflagrou esses conflitos possíveis, já pela formação de alianças, foi o imperialismo.
O que a Áustria queria na Bósnia e o que a Rússia queria na Sérvia, era somente imperialismo.

Com o passar da guerra, a Entente passou a contar com o apoio de EUA + BRASIL + JAPÃO

QUAIS FORAM AS CONSEQUÊNCIAS DA ENTENTE VITORIOSA PARA O SUL GLOBAL?

1) INÍCIO DO PROCESSO DE DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
2) ESFACELAMENTO DO IMPÉRIO TURCO-OTOMANO
3) INDEPENDÊNCIA DA TURQUIA
4) GUERRA CONTRA PAÍSES EM VOLTA DA TURQUIA ENTRE 1919 E 1922
5) FUNDAÇÃO DA REPÚBLICA TURCA COM O PODER DOS JOVENS TURCOS, QUE ERAM REPUBLICANOS LAICOS.
6) CONFERÊNCIA DE SAN RENO: SISTEMA DE MANDATOS. A GB FICOU BASICAMENTE COM IRÃ, IRAQUE E PALESTINA, JORDÂNIA E ARÁBIA SAUDITA. A FRANÇA FICOU COM A GRANDE SÍRIA (SÍRIA + LÍBANO). ESSE SISTEMA DE MANDATOS ERA O SISTEMA DE PROTETORADOS, OU SEJA, HAVIA GOVERNOS LOCAIS, MAS ERAM GOVERNOS LOCAIS BANCADOS PELOS GOVERNOS CENTRAIS DE GB E FRANÇA. ISSO É IMPORTANTE PORQUE AS INDEPENDÊNCIAS DESSES PAÍSES ACONTECERAM NO PERÍODO INICIAL DA SEGUNDA GUERRA.
7) OS PROTETORADOS SOFRERAM INFLUÊNCIAS NAZI-FASCISTAS DESDE  O INÍCIO DA DÉCADA DE 80. UM DOS MOTIVOS FOI O PETRÓLEO E OUTRO MOTIVO FOI A LOCALIZAÇÃO PARA PASSAGEM PRO EXTREMO ORIENTE.
NAZISTAS QUERIAM PETRÓLEO E QUERIAM O IRAQUE, IRÃ, SÍRIA, ETC.
ELES DAVAM GRANA PARA AS ELITES LOCAIS. A SÍRIA VENDIA PARA O EIXO. ISSO SE TORNOU UM PROBLEMA DEPOIS.
8) IRÃ E IRAQUE FICARAM INDEPENDENTES COM APOIO DA GB, DESDE QUE ELES FICASSEM DO LADO DA GB NAS GUERRAS.
9) A PALESTINA CONTINUA SENDO PROTETORADO BRITÂNICO. OS BRITÂNICOS SE ENROLAM PROMETENDO A ELES QUE NÃO DEIXARIAM MAIS IREM JUDEUS PARA A PALESTINA, MAS TAMBÉM PROMETERAM AOS JUDEUS QUE CRIARIAM UM ESTADO NA PALESTINA PARA ELES. AO MESMO TEMPO, PROMETEM AOS FRANCESES QUE VÃO DIVIDIR A PALESTINA PARA ELES.
GB SE FERROU UM POUCO NESSA.

CONSEQUÊNCIAS DESSAS PROMESSAS DA GB:

HITLER -> HOLOCAUSTO -> MUNDO QUERENDO APOIO AOS JUDEUS, TIDOS COMO VÍTIMAS DE TÃO BRUTAL ATAQUE.
A PRESSÃO PARA A CRIAÇÃO DO ESTADO JUDEU AUMENTA...
ISSO ACABA PUXANDO BOA PARTE DOS CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO, ATÉ HOJE...



Aula 2 - História dos Grandes Conflitos

"A Alemanha sempre foi pequena demais ou grande demais para a Europa." Kissinger

Acho que essa é a frase que melhor define essa disciplina.
Tudo gira em torno de Alemanha.
Melhor dizendo, em torno de Alemanha e Império Turco-Otomano.

França e Alemanha disputavam territórios em comum.
A existência da Alemanha sempre representou uma ameaça para a França e vice-versa.
Mas a França também tinha problemas com a Inglaterra...
A única maneira de essas duas se juntarem seria se fosse contra a Alemanha.

Voltando à frase de Kissinger, uma Alemanha pequena demais gera expansionismo francês. Grande demais, uma aliança britânico-francesa.

Um dos exemplos de que a França ia contra a Inglaterra foi o apoio da França na Independência dos EUA. Ela apoiou e ganhou. Com isso, França começava a se achar maior e melhor do que a Inglaterra. Os objetivos franceses eram se consolidar perante à GB e consolidar sua preponderância sobre a Alemanha.

À época de Napoleão, o Sacro Império Romano Germânico foi dissolvido. Se tornou Prússia e Áustria.
Dois Estados fortes, mas que, quando separados, não representavam uma ameaça tão grande.
Dessa forma, os franceses pensavam que haviam tirado a força da Alemanha.
Lutar com a Prússia era fácil.
Lutar com a Áustria era fácil.

Mas após Napoleão, houve o Congresso de Viena, o qual restaurou as Dinastias e fronteiras anteriores a Napoleão.
A Prússia então, passou a governar a Confederação Germânica dos Estados do Norte e a Áustria, passou a governar a Confederação Germânica dos Estados do Sul.
Mas claro, que mesmo assim, Prússia e Áustria não estavam satisfeitas. Elas queriam mais. Se achavam pequenas demais.
Uma não queria se submeter à outra.

Enquanto isso, a França vivia sua fase liberal e expansionista... Dominar a Alemanha poderia ser uma boa jogada...

GB e França foram favoráveis à separação "das alemanhas" no Congresso de Viena. Logo, Alemanha com revanchismo contra a França, mas tinha que ter prudência contra a Inglaterra, porque ela era a maior potência da época.

Bismarck então, importante estrategista prussiano, queria juntar novamente os Estados Alemães... Mas ele sabia que tinha que ser muito cuidadoso com a Inglaterra.
Além do mais, ele sabia que a Inglaterra se juntaria com a França, nesse caso, e então, adeus sonho de unificar.

Exemplo de que o envolvimento britânico era essencial para o caminho de guerras no continente:

ÚNICO CONFLITO SISTÊMICO DO SÉCULO XIX:

GUERRA DA CRIMEIA

Crimeia ficava bem na saída do Mar quente.
Ucrânia com várias nacionalidades dentro de seu território.
A facção que não é pan-eslava dentro da Ucrânia, é ocidentalista.

IMPÉRIO TURCO OTOMANO X RÚSSIA

Ressaltando que a França também tinha interesse na Crimeia para ter acesso ao Norte da África.
a França já tinha o Egito e continuava tendo muito interesse no Oriente Médio.

A Rússia não entrou em guerra direta contra Istambul.
Então, quem começou a guerra?
França. Tentando impedir esse avanço russo.
Se a Rússia já era o grande urso em terra, se obtivesse saída para o mar, se tornaria a maior potência daquela região.

Enquanto a França passa por um enfraquecimento após as Guerras Napoleônicas, a Rússia cresce.

Quando a França entrou em guerra então contra a Rússia, a Inglaterra pensou: OPA! MELHOR A RÚSSIA NÃO VENCER ESSA GUERRA... VOU DAR UMA OLHADINHA PARA VER MELHOR O QUE ESTÁ ACONTECENDO.

Inglaterra percebeu então, que se a França perdesse, a Rússia se fortaleceria e a Alemanha também. Aliás, a Alemanha iria até tentar invadir a França e tomar aquelas benditas Alsácia e Lorena. Quem sabe até um pouco mais de terras também, por que não...

Dessa forma, a GB entrou do lado da França e impôs um retrocesso estratégico à Rússia.
Então, a Rússia, para não perder, assinou o Tratado de Paris e se retirou do conflito.
Com esse acordo, a Crimeia continuava sendo Império Turco-Otomano.

Claro que Bismarck vendo isso, não iria latir para cachorro grande.

VENDO ISSO ENTÃO, Bismarck adotou uma política externa revisionista, onde ele mantinha o Status Quo da Alemanha.
Apesar do revanchismo contra a França, ele tinha muita prudência com a Inglaterra.
Qualquer passo errado poderia gerar um envolvimento da GB e acabar com o seu sonho.
Qualquer passo que parecesse ser um passo expansionista geraria a união das duas. (FRA + GB)

HAVIA só uma maneira de evitar a junção de FRA e GB: Isolar a França diplomaticamente.

Então, a Alemanha de Bismarck fez vários acordos com vários países ao mesmo tempo, a fim de isolar diplomaticamente a França.

Exemplos dessa diplomacia que visava isolar a França:

1) Dupla Aliança: PRÚSSIA + ÁUSTRIA
2) Liga dos Três Imperadores: (PRÚSSIA + ÁUSTRIA + RÚSSIA)

Pensemos na Iugoslávia...
Lá são os Balcans...
Que é Império Turco-Otomano...
Agora pensemos que a Rússia era pan-eslava e que a Áustria era pan-germânica.
Agora pensemos que Bismarck não estava nem aí para isso. Ele queria apenas juntar os Estados Alemães. Pensem que ele colocou Áustria e Rússia juntos na mesma aliança.

O.o

ELE SABIA QUE A ÁUSTRIA E A RÚSSIA TINHAM INTERESSES DIVERGENTES, QUE ERAM OS BALCANS.

Nos Balcans, por exemplo na Bósnia, havia um conflito entre pan-germânicos e pan-eslavos pelo poder local.

PAN-ESLAVOS E PAN-GERMÂNICOS SÓ SE JUNTARIAM SE FOSSE CONTRA O IMPÉRIO TURCO-OTOMANO.

O Império queria que se fizesse reinar o Islamismo.

NA BÓSNIA ENTÃO, tinha o Império Turco-Otomano impondo o Islamismo.
Por consequência, então, havia uma aliança entre Pan-eslavos e Pan-Germânicos contra o Império.
Ambos eram cristãos.

Bismarck sabendo dessa identidade religiosa, pensou: Vou juntá-los numa tripla aliança, pra evitar que a Rússia apoie a França contra meus interesses.

Se ele não afastasse a Rússia da França, ele geraria uma guerra de duas frentes. E a Alemanha do Norte não tinha condições de lidar com isso.

Então, em 1902, foi percebido pela estratégia alemã, que ela precisava ter um plano de guerra em duas frentes: PLANO SCHLIFFEN.

Esse plano foi usado na Primeira e na Segunda Guerra, onde a Alemanha invadiu a Bélgica pela Prússia. 2 vezes.

Os franceses fizeram então, a linha Maginot (daqui os alemães não passam. OS ALEMÃES VÃO TER QUE RESPEITAR A NEUTRALIDADE DA BÉLGICA),

Mas voltando... NESSA ÉPOCA, A ALEMANHA AINDA TINHA QUE EVITAR A GUERRA DE DUAS FRENTES.

As décadas de 80 e 90 foram marcadas por idas e vindas dessa tripla aliança, mas quando Bismarck saiu do poder, ela caiu, visto que as diferenças entre Rússia e Áustria eram insuperáveis.

A Áustria nunca ia de encontro à Prússia porque sabia que era mais fraca, porque sabia que ambas eram da "mesma raça" e porque sabia que tinha o apoio da Prússia nos Balcans.
Mas a Prússia sabia também, que para apoiar os pan-germânicos nos Balcans, ela precisava neutralizar a Rússia de qualquer jeito.
É a história da amante. Bismarck fica tendo relações com Áustria, a esposa e Rússia, a amante. Mas quando o bicho pegasse mesmo, ele iria ficar do lado da esposa, claro.

Bismarck foi levando até onde pôde então, mas com a questão dos balcans, essa decisão seria inevitável.

A Liga dos Três Imperadores foi dissolvida 3 vezes na década de 70.
A última vez em que ela foi ensaiada tinha sido em 69...
Se a Rússia e a França decidissem se unir então, a Alemanha estaria completamente encrencada.
Bismarck nem tenta fazer acordo com a Inglaterra porque sabe que ela tem uma postura isolacionista com a Europa.
Ela só chega pra "resolver o problema."
Então, ele continua garantindo que ele não é uma potência expansionista e ofensiva.

Um exemplo disso é a postura dele com relação à Partilha da África.
Bismarck até tinha poder de ser expansionista na África nesta época, mas não o fez para manter seu rótulo de não-expansionista.

Se França e Rússia percebessem interesses alemães na África, elas entrariam contra a Alemanha e a GB viria como a cereja do bolo.

Bismarck blefa então:
GUERRA FRANCO-PRUSSIANA
CONTEXTO:
Revanchismo germânico contra a França e um acordo militar defensivo entre Confederação Germânica do Norte e do Sul.
"A gente vai manter as forças armadas separadas, mas em caso de ameaça externa, a gente se junta."

Segundo WEBER, o Estado é aquele que detém o monopólio legítimo da força. Então, se os exércitos se juntassem, a Alemanha se formaria.
O que Bismarck fez então?

Vou entrar em guerra contra a França. Tenho o apoio do exército da Áustria mesmo...
Além do mais, no acordo diz que a Conf. Germ. do Norte que lideraria as tropas.

Ele precisava só de um ataque...

Se a Rússia entrasse, se juntaria com a GB e com certeza ele perderia.
A França era a melhor opção.
Já estava isolada diplomaticamente...

Mas se fosse ele que entrasse em guerra, a GB entraria para ajudar a guerra.

Nessa época, França estava sob a liderança de Napoleão III, que era fraco.
Bastava Bismarck provocar ele um pouquinho, que ele declararia a guerra.

Se a declaração de guerra fosse da própria França, a Rússia e nem a GB nada iriam fazer, pois não enxergariam expansionismo alemão ali.

Certo dia então, Napoleão III enviou um chanceler francês até a Alemanha para tirar satisfações sobre uma notícia de jornal dizendo que a Alemanha iria invadir a França (blefe de Bismarck). Mas Bismarck se recusou a receber esse chanceler. Não aceitou a presença francesa em seu território. Então...
NAPOLEÃO III DECLAROU GUERRA CONTRA A ALEMANHA.

OS EXÉRCITOS DE PRÚSSIA E ÁUSTRIA SE JUNTARAM.
ALEMANHA SE FORMOU.
1871.

Na Batalha de Sedan em 1871, Napoleão III foi preso. Os alemães prenderam o Imperador francês.
Mas neste mesmo ano, aconteceu a Comuna de Paris na França...
Então, quando Napoleão foi solto, a França não o quis de volta.

1871 - Início do 1º REICH

A coroação de Guilherme I foi na sala de espelhos do Palácio de Versalhes.
Claro que isso iria gerar um revanchismo francês né?
HUMILHAÇÃO FRANCESA.

Esse revanchismo francês se dava principalmente pela França querer de volta Alsácia e Lorena e África.

Nesta época então, acontecia um aprofundamento dos nacionalismos em vários lugares da Europa.

Nacionalismo expansionista. Isso se chama CHAUVINISMO e passou a embasar as políticas de poder na Europa.
Além disso, políticas expansionistas embasadas em "O fardo do homem branco".

Isso foi esquentando até acabar em 1a Guerra.

Esse chauvinismo gerou insegurança em todo o território europeu.
1890 - Bismarck saiu e entrou o Guilheme II como imperador.

Neste momento, a GB viu a Alemanha como uma ameaça, porque esse cara desfez tudo o que o Bismarck fez com tanto custo.

Bismarck tinha sido discreto, não investiu em forças armadas, nem em marinha, para não chamar a atenção da Inglaterra.
A primeira coisa que Guilherme II fez foi investir em marinha.

FOI A WELTPOLITIK - expansionismo não só europeu, mas também no Oriente Médio e no norte da África. Tudo isso era Império Turco-Otomano.

Iraque e Irã queriam independência do Império Turco-Otomano, assim como todo mundo.
O GRANDE ENFERMO.

O Iraque usava o pan-arabismo. o Irã não usava disso porque era persa.
Mas os dois tinham algo em comum: PETRÓLEO.
O petróleo passava a ser parte importante da matriz energética do século XX.

GB tinha interesse nesse local também.

MARROCOS era de interesse francês por vários motivos.

A França ficou com a parte mais ocidental da África, como Líbia, Tunísia, Marrocos e a GB, com a parte mais oriental.

O MARROCOS QUERIA INDEPENDÊNCIA DO IMPÉRIO TURCO-OTOMANO TAMBÉM.

A FRANÇA O DECLAROU COMO PROTETORADO FRANCÊS E GUILHERME II, ENTÃO, APOIOU SUA INDEPENDÊNCIA COMPLETA. WHY???

Claro que ele ganhou um conflito com a França...
Jogou o trabalho de décadas de Bismarck no lixo.

AH! ELE TAMBÉM SE DECLAROU DE GRAÇA, PROTETOR DE TODOS OS POVOS ÁRABES. why???

Com isso, ele também conseguiu de graça, uma divergência explícita com a Inglaterra.

Como em 1902, a Alemanha já tinha feito o Plano Schliffen, ele estava se sentindo seguro por causa disso, além de estar investindo em Marinha...
Se ele já se sentia uma potência terrestre por estar seguro por este plano, investindo em Marinha, então, ele se sentiu o cara.

A Alemanha forte era um desfavor para a Rússia. Só de se armar, já era um problema.

Isso gerou uma pânico naval na Inglaterra.

Com isso então, a Inglaterra juntou-se então, com França e Rússia contra a Alemanha.
FORMAVA-SE A TRÍPLICE ENTENTE.

Guilherme II que provocou a criação da Tríplice Entente.
França e Rússia nunca se juntariam se a Inglaterra não pedisse.

O Chauvinismo então, gerou ódio por toda a Europa.

Imperialismo: França tinha interesse na Grande Síria, que era Síria + Líbano e no petróleo.

1898 - Quase guerra entre França e Inglaterra. Crise de Fachada.
Mesmo juntas contra a Alemanha, elas entraram nesse conflito pelo Oriente Médio. Inglaterra ganhou e se estabeleceu no norte da África.
Sobrou pouco para a França.

A França continuou querendo a Líbia, Tunísia, etc...

CORRIDAS ARMAMENTISTAS

Nacionalismo na economia = PROTECIONISMO

Governos desvalorizando suas moedas para prejudicar o outro. Isso deixa o outro pobre.
Com isso tudo, os ânimos foram esquentando...
Os grandes não são os primeiros a entrar em guerra.
Geralmente os aliados deles entram e depois eles entram pra ajudar.

Começou no Império Turco-Otomano.
Império enfraquecido...
COBIÇA + CHAUVINISMO = SPILL OVER

BÓSNIA => PAN-GERMÂNICOS
SÉRVIA => PAN-ESLAVOS

BÓSNIA TINHA APOIO DA ÁUSTRIA, QUE TINHA APOIO DA ALEMANHA.
SÉRVIA TINHA APOIO DA RÚSSIA, QUE TINHA APOIO DA GB E DA FRANÇA, SE FOSSE PRA LUTAR CONTRA A ALEMANHA.

HERDEIRO DO TRONO AUSTRÍACO, FRANCISCO FERDINANDO, VAI ATÉ A BÓSNIA COM SUA ESPOSA.
ASSASSINADOS "A LA KENNEDY" POR UMA FACÇÃO SÉRVIA.
A BÓSNIA ENTÃO, DIZ QUE FOI CULPA DOS PAN-ESLAVOS E, LOGO, PEDIRAM AJUDA PARA A ÁUSTRIA. LEMBRANDO QUE FRANCISCO FERDINANDO ERA AUSTRÍACO.
A ÁUSTRIA QUERIA, PORTANTO, O TERRITÓRIO DA SÉRVIA TODO PARA A BÓSNIA PORQUE O PAN-GERMANISMO QUERIA SE SOBREPOR AO PAN-ESLAVISMO.

A ALEMANHA AINDA TINHA A DUPLA ALIANÇA DESDE BISMARCK. MAS A RÚSSIA ENTRA NA GUERRA E NESSE MOMENTO, COMEÇA A FUNCIONAR A TRÍPLICE ENTENTE.

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

MAS A RÚSSIA NÃO SABIA QUE A ÁUSTRIA TINHA UMA DUPLA ALIANÇA COM A ALEMANHA, PORQUE ESSES ACORDOS ERAM SECRETOS.

SE A ÁUSTRIA SOUBESSE QUE A RÚSSIA IRIA ENTRAR COM A FRANÇA E A INGLATERRA, ELA TERIA DECLARADO GUERRA?
NÃO NÉ?!

DIPLOMACIA SECRETA

SE A RÚSSIA SOUBESSE QUE A ALEMANHA IRIA ENTRAR NA GUERRA, ELA IRIA PRA GUERRA?
TALVEZ...

A RAISON DE SYTHÉME, A FORMA DE FAZER POLÍTICA DO SÉCULO XX TINHA FALIDO.
PASSOU A SER PROBLEMÁTICA COM BISMARCK, VISTO QUE A ALEMANHA NÃO FAZIA PARTE DO CONGRESSO DE VIENA, QUE ANTES ERA RÚSSIA, PRÚSSIA E ÁUSTRIA, FRANÇA E GB.

A ASCENSÃO DOS EUA TAMBÉM NÃO ESTAVA NO CONGRESSO DE VIENA.

ALEMANHA + EUA TIRANDO A HEGEMONIA BRITÂNICA.

O SISTEMA DE CONFERÊNCIAS REGIA O CONCERTO EUROPEU DURANTE O CONGRESSO DE VIENA = SISTEMA DE METTERNICH.

1890 - FORMAÇÃO DA TRÍPLICE ENTENTE COM A WELTPOLITIK

O CONGRESSO DE VIENA E O CONCERTO EUROPEU QUE FIZERAM A ESTABILIDADE DO SÉCULO XX.

QUANDO ISSO RUIU, TIVEMOS A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL.

ENTRE 1902 E 1905, HOUVE A GUERRA ENTRE JAPÃO E RÚSSIA.
A INGLATERRA E OS EUA VIRAM QUE A RÚSSIA ERA FORTE E QUE A LONGO PRAZO, ELA CONSEGUIRIA UMA SAÍDA PARA O MAR QUENTE. VIRAM QUE A RÚSSIA TAMBÉM ESTAVA INDO PARA A ÁSIA. ENTÃO, A INGLATERRA DECIDIU APOIAR O JAPÃO.

TRÍPLICE ALIANÇA: ALEMANHA, ÁUSTRIA-HUNGRIA E ITÁLIA.
A ITÁLIA SAI POR INTERESSES NA LÍBIA E NA ETIÓPIA.

1917 - EUA ENTRAM NA GUERRA E RÚSSIA SAI POR CAUSA DA REVOLUÇÃO RUSSA.
ACORDO DE BREST-LITOWSKI TIRA A RÚSSIA DO CONFLITO.
FOI TAMBÉM UM ACORDO DE PAZ COM A ALEMANHA. 1918.

MOTIVOS PARA OS EUA ENTRAREM:
1) LIVRE NAVEGAÇÃO, LIVRE COMÉRCIO
2) TODO MUNDO, INCLUSIVE A ENTENTE ENDIVIDADA COM ELES.
3) SE A ENTENTE PERDESSE, NINGUÉM IRIA PAGAR AS DÍVIDAS E OS EUA IRIAM PARA O POÇO.
ENTÃO, O GOVERNO DE WOODROW WILSON DECIDE ENTRAR NA GUERRA.
O BRASIL TAMBÉM ENTROU NESTE MESMO ANO.

COMO CONSEQUÊNCIAS DA PRIMEIRA GUERRA, TEMOS O FIM DO PROTAGONISMO EUROPEU NO CENÁRIO MUNDIAL.
1919 - INÍCIO DO FIM DO EUROPEÍSMO

A RÚSSIA PASSAVA A CENTRALIZAR A URSS.
GB PASSOU PELA SUPERVALORIZAÇÃO DA LIBRA, GANHOU UMA BALANÇA COMERCIAL DESFAVORÁVEL.
FRANÇA E ALEMANHA ALTAMENTE ENDIVIDADAS.
ENQUANTO ISSO, OS EUA VIVIAM A FASE DO OURO.

OUTRA CONSEQUÊNCIA DA PRIMEIRA GUERRA: QUESTIONAMENTO DA CAPACIDADE DA EUROPA DE EXERCER PODER SOBRE O MUNDO.

INÍCIO DO FIM DO COLONIALISMO.

1919 - IMPÉRIO TURCO- OTOMANO DIVIDIDO ENTRE FRANÇA E GB.

COLONIALISMO PASSA A SER DE INFLUÊNCIA POLÍTICA.

SISTEMA DE MANDATOS OU DE PROTETORADOS DA LIGA DAS NAÇÕES.

EUROPA AGONIZANDO, MAS AINDA EXERCIA PODER.

URSS SE FECHOU E ASSIM, FOI CRESCENDO SUA INDÚSTRIA, POIS NÃO SE ENVOLVIA NOS CONFLITOS.
DESSA FORMA, SE TORNOU MENOS DEPENDENTE DO MUNDO.

EUROPA PAGANDO PELAS DÍVIDAS COM OS EUA.

CONSEGUEM IMAGINAR ALGUM CENÁRIO VINDO DISSO AI?

.......

É ISSO PESSOAL.
BOA LEITURA!!!