segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

O que as Atividades Complementares têm a ver com conseguir um Estágio?

Olá pessoal, pouco mais de 1 mês sem postar aqui, mas justifico a ausência pelo final de período.
Estudar em DGEI não é moleza não.
Temos muito tempo de aula e os finais de período sugam até a alma!
Temos que virar noites fazendo trabalhos e estudando para provas.
Muitos professores avaliam os alunos com trabalhos em grupo e quando fazem provas, as provas costumam ser de 3 a 5 questões, onde devemos responder em uma ou duas páginas cada questão. Ou seja, temos que escrever muito, provando tudo o que sabemos.

Mas voltando ao assunto do título, o que as atividades complementares têm a ver com se conseguir um estágio?

Muitos entram no curso de DGEI e saem dizendo que não conseguem enxergar futuro... Tenho que dizer que esses que saem são os mesmos que nunca procuraram alguma atividade complementar no curso.
Entendo que o período de início de faculdade não é muito claro. É um universo novo que temos que explorar e muitos de nós ficamos perdidos. Mas é só ir se juntando com o pessoal mais velho, que entende melhor das coisas e buscar uma atividade complementar, que tudo começa a se esclarecer rapidinho.
Vejam só as Atividades Complementares que temos:

1) À princípio, aquele que entra no curso de DGEI já pode se candidatar a entrar no Centro Acadêmico, que possui a função de integrar alunos, levar demandas dos alunos à coordenação, buscar investimentos para o curso, criar um maior diálogo entre a coordenação e os alunos, buscar melhorar todo e qualquer tipo de tópico dentro do curso de DGEI. No ano de 2015, iniciaremos um jornal mensal, teremos a loja de DGEI, com artigos feitos com a marca DGEI, como artigos escolares, vestuário e artigos decorativos. Tem área de esportes à política para os alunos atuarem!

2) Todo aluno que entra no curso pode se candidatar a membro da Comissão Organizadora da Semana de Defesa, evento anual realizado por alunos para discutir academicamente os assuntos relacionados com defesa. Tem várias matérias sobre a Semana de Defesa neste Blog, é só pesquisar na ferramenta de pesquisa, no cantinho superior direito! ;)

3) Aos que terminam o primeiro período, já podem se candidatar às bolsas de monitoria e iniciação científica, basta ficarem atentos às bolsas.

4) Estágio

5) Jornal do curso de DGEI

6) Laboratórios de Pesquisa

7) Qualquer coisa! Basta expandir a criatividade! Qualquer coisa que você goste de fazer deve ser levada em consideração. Esta blog mesmo não existia e eu decidi criar um belo dia. E ele me ajudou a conseguir um estágio... Mas como?
Qualquer atividade tem a sua importância e serve de EXPERIÊNCIA!
Você não precisa esperar que alguém abra as portas para você ter a chance de EXPERIMENTAR o mercado de trabalho. Além de as atividades do curso serem uma porta de entrada para você obter experiência para o mercado de trabalho ou um estágio, sua mente é a porta de entrada. OUSE, CRIE, PARTICIPE!

Como consegui um estágio e como cada passinho que dei na faculdade adiantou para isso?

Primeiro, comecei a me envolver com todas as atividades oferecidas pelo curso.
Este ano decidi me candidatar à monitoria voluntária. Cada monitor recebe uma bolsa de 400,00 se for aprovado na prova de seleção de bolsistas de monitoria, realizada uma vez por ano, mas, se nenhuma matéria te interessar, se candidate a ser monitor voluntário da disciplina que mais lhe agradar. Isso vai te dar a experiência de falar em público, ministrar uma disciplina nos momentos de revisão e se auto descobrir enquanto suas capacidades e habilidades.
Me tornei então, monitora de História dos Grandes Conflitos.
Foi uma experiência ótima.
Sendo assim, postei coisas dessa disciplina no blog...
Uma dessas postagens serviu para eu conseguir ir para a segunda fase do estágio que fui aprovada.
Me candidatei ao Laboratório de Estudos Asiáticos, sendo aceita pela professora Valéria Lopes Ribeiro, do curso de DGEI. Nele produzi um artigo, que também serviu como texto a ser avaliado na primeira fase de seleção do estágio.
Me candidatei à Comissão Organizadora da Semana de Defesa, o que me deu a experiência de organizar um evento acadêmico.
Recebi o convite a partir da criação do blog, de participar do Centro Acadêmico do curso.
Fui a eventos de Relações Internacionais, o que me deu contatos que me ajudaram a conseguir a bolsa de estágio, através do reconhecimento da minha participação efetiva em eventos desta área.
Fui voluntária da primeira Semana de Defesa, o que serviu como experiência que contou para eu participar efetivamente da IV Semana de Defesa.
Diante de toda essa presença que busquei ter dentro do curso, recebi um convite para iniciação científica com a professora Sandra Becker, nossa queridíssima professora de Bioética, Logística e Mobilização Militar e futura Coordenadora de DGEI, tomara! =)
Durante a Semana de Defesa, usei da minha posição dentro da Comissão Organizadora, para conseguir financiamento para o jornal que eu tinha em mente. Realizamos então o jornal, com participação de alunos interesadíssimos na ideia e cobrimos o evento durante três dias, com uma publicação por dia, o que dei mais um impulso ao jornal que o curso trará ano que vem, como iniciativa do centro acadêmico de DGEI.
Link do jornal: http://dgeinafederaldorio.blogspot.com.br/2014/11/jornais-da-iv-semana-de-defesa.html
Tendo entrado como Vice-Diretora de Marketing no Centro Acadêmico, já dei a ideia de criarmos bonequinhos de profissões, já que não existe um para DGEI, assim como existe o de médicos, advogados, etc, e disso surgiu a ideia de criarmos uma loja de DGEI a fim de conseguirmos fundos para o centro acadêmico e futuros investimentos em DGEI, como materiais para aulas, computadores, materiais esportivos, etc.

Enfim gente... cada contato, cada atividade, cada trabalho voluntário, cada conversa com professores, me abriram portas para eu ter o que contar e o que apresentar na hora da entrevista de estágio. Cada minuto de conversa, até mesmo com pessoas indiretas a essas conquistas, foram decisivas para eu receber propostas de trabalho e do estágio.
Na mesma semana em que recebi o chamado para a iniciação científica, minha querida professora Mariana Kalil e Orientadora de TCC, me convidou para ser sua secretária para assuntos de um próximo livro no qual ela deseja participar, me convidando a juntar meu nome e o dela em um artigo juntas, em reconhecimento do meu trabalho voluntário este ano como monitora e com o propósito de me ajudar a iniciar minha carreira acadêmica, com a futura publicação de um artigo com ela.

Caros, as aulas de DGEI são de 16:00 às 22:00, mas o trabalho começa cedo, desde de manhãzinha.
Todos temos o direito de aproveitarmos os dois primeiros anos de faculdade, dormindo até 11 horas da manhã já que a aula é de tardinha, quase de noite, mas depois disso, é preciso lutar, correr atrás de todas as atividades possíveis. Só assim, conseguimos enxergar as portas das possibilidades se abrindo frente aos nossos olhos.
Não é fácil, aliás, desconfie do que vem fácil. Mas DGEI tem ótimas possibilidades de futuro e é NOTA CINCO NO MEC!
Graças ao trabalho de dedicação de alunos, professores e coordenação!
Valorizem isso, busquem e vençam!
Todos podem vencer!
É só aproveitar cada chance que aparecer e lutar pelos seus objetivos.
Não neguem oportunidades, ainda que não sejam exatamente o que tinham em mente. Cada experiência é válida.
Boa sorte!

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Jornais da IV Semana de Defesa

EXTRA! EXTRA! EXTRA! 

PRIMEIRO DIA DA IV SEMANA DE DEFESA








 SEGUNDO DIA DA IV SEMANA DE DEFESA



 TERCEIRO DIA DA IV SEMANA DE DEFESA







É isso pessoal, deu trabalho, mas foi super gratificante!
Até a próxima!

domingo, 19 de outubro de 2014

Intercâmbio do Aluno Marco Antonio Alves ou, "Baiano" simplesmente =)

Conversei com o aluno mais conhecido por seus milhões de sotaques, um de cada cantinho do Brasil e tardei a postar sobre sua experiência, mas agora, está aí!
Dedicado com a entrevista, Marco fez um documento por escrito com suas ideias sobre a experiência...

"Eu gostei porque tive a oportunidade de estudar em um universidade europeia, estudei em um universidade com muitas tradições e com mais de 700 anos de existência. Dividi apartamento com estudantes de vários países, conheci diferentes culturas e o povo português."

Marco me apresentou a ideia da Festa de Queima das Fitas, que ocorre no final do inverno e início da Primavera e é a maior festa acadêmica da Universidade.

Pontos Positivos de se estudar em Portugal: Baixos custos com aluguel e alimentação por exemplo. Povo simpático e acolhedor. Marco destaca a importância de se conversar com os nativos para que a experiência seja melhor ainda.

Já como pontos negativos, Marco destaca que Portugal não apresenta muita novidade com relação à língua, por razões óbvias. Além disso, a cultura portuguesa é muito semelhante à brasileira, não havendo, portanto, choque cultural.

Outro ponto positivo é que a Universidade de Coimbra fica na cidade de Coimbra, pequena e por isso, os gastos com transporte foram mínimos. Viver em uma cidade universitária foi uma experiência única para Marco, que lembra que as tradições e rituais desta universidade são centenários. A Universidade de Coimbra foi criada em 1290 e nela estudaram muitos intelectuais brasileiros.
Uma frase que me marcou quando Marco disse: "Toquei na parede e pensei: Caramba, essa parede é mais velha que meu país".

O ponto negativo de se ter escolhido essa universidade foi que muitos estudantes são brasileiros, sendo a Universidade que tem mais brasileiros na Europa, além disso, a cidade de Coimbra é pequena e não oferece tantas novidades como uma cidade grande.

"O que mais me chamou a atenção em Portugal foi ver que lá não existe tanta desigualdade social como aqui no Brasil, ainda que Portugal seja considerado um dos países mais desiguais da Europa".

Algo que incomodou Marco, foi ouvir de professores portugueses que "os novos portugueses" não sabem exigir seus direitos e que são muito acomodados. Algo que tambpem se discute no Brasil...

Recomendações de Marco para quem planeja fazer um intercâmbio:

Não aconselha a ir para Portugal, pois não se vive a experiência de aprender um novo idioma. A cultura é semelhante, existem muitos brasileiros, dificultando que amizades com estrangeiros sejam feitas. Além disso, as universidades portuguesas se assemelham com o nível das universidades brasileiras nos rankings mundiais. Em um intercâmbio, é sempre bom tentar ir para universidades que estejam entre as 50 melhores do mundo.
Marco deixa a recomendação para que alunos interessados em intercâmbio escolham universidades americanas, que estão dentre as melhores do mundo, alemãs e britânicas na Europa e Australianas.

Aproveitando a estadia na Europa, Marco viveu por 3 meses em Londres, tendo assim, uma das melhores experiências que já vivenciou.

Minha opinião: Uma das melhores coisas de se estar na Europa é conhecer a Europa. Tudo muito próximo, podendo se conhecer diferentes países em poucos dias.
Com certeza foi uma experiência que Marco jamais esquecerá.
Valeu pela entrevista, Baiano!

terça-feira, 7 de outubro de 2014

SITE DO CURSO DE DEFESA E GESTÃO ESTRATÉGICA INTERNACIONAL

Vocês sabiam que antes do site do curso de DGEI existir, esse blog era a principal fonte de dados do curso disponível online?

Agora temos o site oficial do curso de DGEI: www.dgei.ufrj.br





Mas não deixem de ler o blog, com opiniões de dentro da casa, mais informal e opinativo!

Avaliação MEC 2014

Neste ano, logo após a primeira turma formada, o curso de Defesa e Gestão Estratégica Internacional foi avaliado pelo MEC (Ministério de Educação e Cultura), que possui como uma de suas funções, avaliar os cursos de graduação no Brasil.
Primeiramente, a reunião foi com os professores, onde a conversa avaliava a história do curso, os desafios, as conquistas e as dificuldades. Depois, os avaliadores percorreram a faculdade, observaram as salas, o número de cadeiras, enfim, toda a infraestrutura para o curso. E não é fácil manter isso tudo organizado.
Por último, o encontro com os alunos. 
Nós fomos em massa, interessados em nos apresentar para eles.
Dentre as perguntas, eles perguntaram de cara o que nós temos de oferecer ao mercado de trabalho? qual o nosso diferencial?
Focamos na multidisciplinaridade, no grande leque de conhecimento que esta graduação nos proporciona, com disciplinas que vão de humanas a exatas, humanas à saúde.
Logo depois, perguntaram sobre o que pensamos do curso, quantos estagiam e onde, a opinião pessoal dos alunos (todos tiveram liberdade de falar), as dificuldades para ingressarmos no mercado de trabalho, nossos desafios, que áreas de estudos dentro do curso gostamos mais, por quê escolhemos essa graduação, perguntaram sobre as aulas, os professores e tudo mais.
Os alunos puderam responder citando suas pesquisas, seus estágios, suas histórias, suas dificuldades, suas funções dentro do curso... 
Apesar do nervosismo, foi muito interessante a experiência que muitos não passam.
Após a avaliação, um mistério no ar e a notícia de que teríamos de esperar por um mês o resultado.
Menos de duas semanas depois, uma notícia chegou até nós:

DGEI É NOTA MÁXIMA NA AVALIAÇÃO DO MEC JÁ EM SUA PRIMEIRA TURMA FORMADA!!!

A comemoração foi intensa. Alunos passando pelos corredores e se cumprimentando com um "hi-5" por causa da nota cinco. 
Nós ainda não tomamos a consciência de como nosso curso é bom. 
A segurança para o futuro aumentou extremamente e sabemos que isso é fruto de todos nós. Todos os professores, todos os alunos, todos os funcionários que nos cercam.
Um agradecimento especial para nossa coordenadora, Maria Isabel Sampaio, que certamente ganhou uns fios de cabelo branco ao topar coordenar um curso novo. 
Isabel, O-B-R-I-G-A-D-A!
Seu esforço e dedicação fazem e sempre farão parte de nossa história.
NÃO SAIA DE DGEI! ahahaahaah
(Pessoal está pensando em fazer um abaixo assinado, digo logo).

É isso...
Tá na dúvida?
Vem pra DGEI! 
As portas se abrirão!
;)

Onde nos encaixamos no mercado de trabalho? Parte 2

"Os governos locais e regionais brasileiros passaram, grosso modo, a desenvolver relações internacionais a partir da década de 1980, especialmente após a constituição de 1988, que deu início ao processo de redemocratização do país." A Constituição de 1988, deu mais destaque ao federalismo, dando autonomia para os Estados, que passaram a buscar, portanto, suas representações do cenário internacional. O nome disso é paradiplomacia, que consiste no envolvimento dos governos subnacionais, que seriam os Estados Federativos, nas Relações Internacionais.
No Brasil, o Estado do Rio de Janeiro foi o pioneiro em ter em sua estrutura um órgão exclusivamente dedicado às Relações Internacionais. Isso não é mera coincidência, visto que antes de 1960, quando a capital foi transferida para Brasília, o estado fora capital por 200 anos.
Aqui no Rio, temos a Coordenadoria das Relações Internacionais, que possui as funções de:

"1) Assessorar o Prefeito e coordenar sua agenda internacional.
 2) Apoiar e facilitar a execução da atuação externa das secretarias e órgãos vinculados à prefeitura.
 3) Criar sinergias entre os projetos de cunho global levados a cabo pelos órgãos municipais e dar  uma maior coerência à política externa da cidade.
 4) Identificar oportunidades, formular, negociar e acompanhar iniciativas de cooperação.
 5) Negociar e coordenar a implementação de acordos de cooperação e de irmanação.
 6) Preparar ou apoiar missões municipais e participar de eventos e atividades no exterior.
 7) Ser o interlocutor de organismos e agências internacionais, nacionais (de cunho internacional),  órgãos diplomáticos e demais entidades de representação estrangeira.
 8) Organizar e apoiar a vinda de delegações e missões estrangeiras ao Rio de Janeiro.
 9) Auxiliar na organização de eventos internacionais na cidade."

O campo de Relações Internacionais teve sua criação logo após a Primeira Guerra Mundial, onde foi necessária a junção de esforços de muitos profissionais, de diversos ramos acadêmicos, para buscar entender as causas que levaram à guerra e evitar que isso voltasse a se repetir. Entretanto, os conflitos entre os Estados já vêm de séculos antes, porém, somente no último século que uma cadeira acadêmica passou a existir para estudar estes fenômenos sociais.

As informações ditas até agora foram retiradas de um texto que li por acaso para o estágio que faço (mais tarde farei uma postagem sobre o estágio, como consegui, o que estou achando e tudo mais). O material chama-se CEBRI Artigos/ Volume 3/ Ano 8/ 2013 - A inserção Internacional do Rio de Janeiro, por Leonardo Paz Neves.

Ao ler esta revista, algumas coisas vieram à minha mente e pensei que nos fosse útil saber. Quantos de nós achamos que sabemos das coisas, mas na verdade, nunca fomos pesquisar a fundo o que são essas coisas? Todos sabemos o que são as Relações Internacionais, mas poucos de nós sabemos de verdade explicar o que elas são, como surgiram e para quê existem. Poucos de nós se preocuparam em estudar os primórdios das Relações Internacionais no Brasil. Inclusive eu, que já estou  há três anos em uma faculdade que é uma ramificação de RI, moro no RJ e nunca tinha procurado saber da origem das RIs aqui no RJ.
Este texto foi fundamental, porque, juntamente com o estágio que estou fazendo, está esclarecendo na minha cabeça de petropolitana (sim! sou fruto de cidade pequena, sem visão de ampla de mundo que abranja algo fora da tríade "palpável": engenharia, direito e medicina) o que são as RIs e para quê as estudamos.

Sempre achei muito bonito meus professores discutindo o que acontece no mundo, entendendo o que os governos fazem, dando opiniões, e opiniões fortes por sinal, e sempre quis participar de algo que mexesse de verdade com o mundo o qual vivemos. Quando eu tinha meus, sei lá, uns 15 anos, numa aula de matemática, nada a ver com o que eu gostava, uma professora dizia sobre os problemas do país e a importância de se estudar para tentar mudar alguma coisa. Ela disse que cada vez que ela tinha problemas na vida, ela se trancava no quarto para estudar, porque a única saída que ela enxergava para mudar a realidade dela, era estudar. Nem que ela tivesse que estudar chorando. De alguma forma, aquilo foi um primeiro passo para mim. Foi o primeiro passo para eu buscar alguma independência na minha vida. Também foi primeira vez que eu ouvi alguém falando e pensei: "quero ser assim". Só para constar, ela se chama Márcia Spíndola. =)

Todos temos a ambição de melhorar algo, nem que seja pessoal, mas eu sempre quis estar envolvida com algo que mexesse mesmo com as estruturas as quais estamos acostumados. Busquei essa função estudando e repassando conhecimento. Por isso vou seguir o magistério. Mas o mais legal, é ver o interesse do Rio de Janeiro e outros governos do Brasil, nas Relações Internacionais, onde os estudantes podem ser empregados e podem aprender sempre mais, participando ativamente  daquilo que mexe com as estruturas dos nossos estados, países, cidades, "mundos". Alunos de RI e DGEI, uni-vos! Existem secretarias de Relações Internacionais onde temos a possibilidade de crescer e participar ativamente daquilo que queremos mudar. A começar pelos nossos Estados.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Funções do Centro Acadêmico de DGEI

PARA QUEM NÃO SABE O QUE FAZ O CENTRO ACADÊMICO DE DEFESA E GESTÃO ESTRATÉGICA INTERNACIONAL, FICA A DICA:

O CADGEI tem como fundamentos:

I- defender os interesses da graduação e dos estudantes em geral e, de cada um, em
particular, perante aos órgãos de Defesa e Gestão Estratégica Internacional, da
Universidade, das autoridades educacionais, ou não, e dos poderes públicos;
II- a soberania e independência perante qualquer entidade externa, pública ou privada,
de dentro ou fora da Universidade;
III- o pensamento democrático, de forma que qualquer aluno de DGEI tenha direito ao
debate, à crítica e à participação neste C.A.;
IV-o bom relacionamento com outros órgãos representativos de graduações de dentro e
fora da Universidade e seus membros;
V- promover e estimular o bom relacionamento e integração entre os corpos discente e
docente da graduação, seus técnicos administrativos e coordenadores.
VI- a expansão do curso de DGEI, no que tange ao seus meios acadêmicos e
administrativos;
VII- a construção de uma Universidade melhor;
VIII- ser peça na expansão das discussões dos Estudos de Defesa entre academia, civis
e militares.

Este ano, teremos as eleições para a nova chapa que liderará o centro acadêmico. As eleições serão nos dias 15 e 16 de outubro.

Não deixem de participar.
Leiam as propostas de cada chapa e votem conscientes.
Tem muito o que ser feito para resolver os problemas do curso e seriedade é mais do que necessário.
Como diz a sucinta frase da Rainha Elizabeth sobre a independência da Escócia: "Pensem no Futuro"
Muito trabalho é necessário para manter a nota cinco que DGEI tirou no MEC.

SIM, DGEI É NOTA MÁXIMA (5) NO MEC!

Aliás, estou devendo uma cobertura sobre a avaliação do MEC, mas a falta de tempo me pegou. 
Estou pensando em abrir um processo seletivo para ajudante no blog... =)

Uma boa noite!


terça-feira, 16 de setembro de 2014

Semana de Defesa e Gestão Estratégica Internacional

Galera,
Estão abertas as inscrições para a IV Semana de Defesa no site www.semanadefesa.com.br
Vejam o evento no facebook: https://www.facebook.com/events/357454084413284/?fref=ts


Já temos algumas participações confirmadas!

Teremos:
1) Uma mesa com apresentações dos laboratórios de pesquisa relacionados com o curso de DGEI.
2) Palestra com professores da COPPEAD, instituto que faz parte do núcleo de ensino de DGEI e entre os melhores núcleos de estudos de markenting e administração da América Latina.
3) Palestra da ONU-Brasil
4) Palestra sobre diplomacia
5) Mini cursos
6) Palestra da COPPE
7) Uma mesa com a apresentação de todos os projetos inovadores realizados por alunos de DGEI
8) Uma mesa de direitos humanos
9) E palestras sobre narcotráficos

Além disso, teremos um ambiente positivo, com espaço para debates, troca de ideias, coffee-breaks com muita energia, conhecimento e muito mais.

Contamos com o apoio do Le monde Diplomatique Brasil para brindes nas sacolas ecobags dadas ao início do evento.
Um agradecimento especial ao Le Monde.

Aguardamos vocês nos dias 29, 30 e 31 de outubro no Fundão!
Vem conhecer DGEI!

Resumo da disciplina Segurança da Informação - Professor Henrique Paiva - Por: Dominique

O Estado possui 3 fases de poder:

O Poder Real (atual), onde o poder é exercido, as leis são implementadas, existe toda uma propaganda que influencia as pessoas...
O Poder Potencial, que é o poder latente e que precisa ser acionado. Existe toda uma gama de dados que precisam ser acessadas para que este poder possa fluir.
E o Poder Virtual, que depende de pesquisa e de desenvolvimento, de conhecimento, precisa lidar com a competitividade.
Aqui entra a Segurança da Informação.

Proteger a tecnologia sensível é estratégico para o Estado.

Na história existem diversos autores que definem o que é Estado. Weber diz que é aquele que é dono dos meios de coerção através da violência, Marx e Lênin, falam mais do lado financeiro, aquele que regula o capital financeiro. Para outros, é aquele que é reconhecido como autoridade, enfim...

O Estado hoje em dia, precisa lidar com esse Poder Informacional para conseguir se manter no poder. Vejam os casos de espionagem norte-americana nos últimos anos.
Por que será que é interessante para os Estados Unidos buscarem tantas informações assim?
Algo interessante sobre isso é que Osama e seus parceiros driblaram o serviço de inteligência norte-americano facilmente, usando bilhetes escritos à mão e entregues pessoalmente por membros da Al Qaeda.

O poder cibernético coordena as diferentes informações para abrir um caminho específico. O governo controla isso por meio de hackers. As empresas também.

Hoje em dia, tudo está conectado à internet e, por isso, tudo vira dados. Dados estes, que serão super úteis para o Estado na formulação de suas políticas de segurança.

Pesquisa e Desenvolvimento aumentam o poder virtual do Estado, mas hoje, há uma crescente militarização do espaço cibernético, visto que as forças armadas que possuem os meios de coordenar o que acontece no campo virtual. Isso é ruim pois limita a capacidade de o Estado se defender porque eles trabalham com um nível altíssimo de segurança.

Paradoxo Informacional: Quanto mais meios de conseguir informações um Estado tem, mais vulnerável ele fica. Vejam o caso Snowden.
Mas o caso dele, não era segurança cibernética, mas sim, segurança humana, pois ele não fez nada como clonagem ou roubo de senhas, eles apenas copiou informações e as expôs.

Interdependência Complexa e Assimétrica: os passos dados pelos Estados Unidos, por exemplo, são muito maiores que dos outros países. Por isso, é assimétrico. A interdependência vem do mundo que vivemos hoje, onde claramente os países são interdependentes;
Por exemplo, o choque do Petróleo em 1973, fez com que os países dependentes do petróleo tivessem que transferir suas indústrias para países onde os custos de produção fossem mais baratos. Então, países como o Brasil, foram beneficiados por essa vinda de indústrias para os países periféricos. Isso faz com que os países que exportam essas indústrias, tivessem que aumentar seus poderes de logística e controle sobre essas indústrias. Acontece que a década de 80 foi uma década perdida pois os países foram extramente prejudicados por dependerem do petróleo, logo, a solução, foi aumentar os juros que eram baixos e flutuantes. Assim, os países mais desenvolvidos poderiam voltar a ganhar o dinheiro que perderam com a crise do petróleo. Isso gerou um aumento gigantesco da dívida pública dos países periféricos. Logo, década perdida.
Isso gerou o neoliberalismo, imposto para que os países periféricos pudessem pegar empréstimos com o FMI, etc.

Vejam como as coisas estão conectadas.
Uma decisão dos países produtores de Petróleo afeta praticamente todos os países do mundo por décadas.
O que será do futuro dos Estados sem o controle de suas informações?
Como saber quais as melhores decisões a serem tomadas, para que não se perca o controle de suas riquezas e ganhos?

É por isso que temos essa disciplina.
Esse foi um breve resumo do que estudamos na disciplina Segurança da Informação, administrada pelo professor Henrique Paiva.

sábado, 6 de setembro de 2014

Ônibus Intercampi UFRJ

A UFRJ oferece linhas entre os campus, entre bonsucesso e a cidade universitária, entre xerém e a cidade universitária e entre avenida brasil e cidade universitária, e até o centro da cidade (praça XV) de graça.
Os horários podem ser conferidos no site http://www.prefeitura.ufrj.br/index.php/linhas-intercampi

Os pontos onde os ônibus param são na
Av. Franklin Roosevelt, em frente ao banco Santander, quase virando pra Av. Antônio Carlos
Em frente ao FORUM, na Av. Antônio Carlos, próximo à praça XV
Em frente a Embratel, na Presidente Vargas
Na Central
Na Cidade Nova e
Na Leopoldina.
*estes pontos servem para a linha praia vermelha-fundão também.

Eu só conseguirei chegar na aula 18:00 horas com esse ônibus intercampi depois do estágio, que saio às 17:00. As opções do centro até a cidade universitária são: ou metô até o nova américa e lá pega-se o ônibus integração, ou metrô até a cidade nova e de lá pega-se o 485, que fica escasso depois das 16 horas, ou os ônibus para a ilha de governador, que deveriam entrar sempre no fundão e deixar passageiros no terminal do fundão, mas que não entram no fundão no fim de tarde por causa do trânsito. O legal é que isso não é ordem da empresa, mas um acordo entre os motoristas, que no Rio de Janeiro em geral, decidem o caminho que irão fazer, os pontos em que irão parar, etc.

Ao contrário dos motoristas municipais, os da UFRJ são super educados, conversam com você, entendem seu problema e te passam até o celular deles para você saber onde eles estão e você ficar sabendo se vale à pena esperar por ele ou não.

Tenho orgulho de ser dessa universidade. Temos bandejão dia e noite e inclusive, fins de semana, temos bolsas de tudo quanto é tipo (alojamentos, pesquisa, etc) e temos transporte de graça até o centro da cidade e para outros Campus.

É isso.
Vem pra UFRJ, vem pra DGEI!

sábado, 30 de agosto de 2014

Vigilância em Saúde Ambiental e Defesa

Vocês sabiam que o curso de DGEI também estuda saúde?
Sim, temos várias matérias relacionadas a saúde.
Toxicologia, Saúde e Meio Ambiente: Questões Globais, Vigilância em Saúde Ambiental e Defesa...

Sobre a última, vou contar um pouco de como está sendo estudá-la...
Por enquanto, tivemos um trabalho que conscistia em assistir um vídeo sobre agrotóxicos e me chamou a atenção...
O Brasil é o país que mais utiliza agrotóxicos do mundo. Utiliza, inclusive, diversas substâncias proibidas.
Uvas, morangos e abacaxis estão entre os mais intoxicados, chegando a 56% de suas composições.
Eu, particularmente, acho que o tomate deve estar entre os mais altos, embora o vídeo não tenha colocado entre os mais prejudicados, mas já joguei um tomate fora porque ele não estragou em um mês!
Pensei: deve ser uma bomba isso aí...

Em defesa do governo, a Anvisa é criticada por admitir ao jornal Le Monde que o Brasil está em risco por causa de agrotóxicos... A mulher que fala publicamente, não esconde que isso é interesse comercial, que a única maneira de produzir alimentos para todo mundo, é usar agrotóxicos. Que se não fossem eles, teríamos que ter 4 Brasis, no mínimo, para produzir alimentos para todos e que os pobres só podem comprar isso.
Nada a declarar sobre isso depois de saber que CHINA e EUA não utilizam agrotóxicos...

Senhora, e quantas CHINAS seriam necessárias para produzir alimentos para sua população de bilhões?
Engraçado que não estou vendo chineses morrendo de fome por conta do não uso de agrotóxicos...

Existe redução de ICMS para quem usa agrotóxico... SIM! Redução de imposto... O Brasil estimula isso.

Enfim, o link do vídeo segue abaixo, vejam e tirem suas conclusões:


Mas por quê estudamos isso?
Isso é DEFESA NACIONAL!
Em minha opinião, o curso de DGEI é o curso mais completo que as ciências humanas já viu.
Estudamos matématica, marketing, saúde, ambiente, direito, sistema internacional, história, política, atualidades, Brasil, América Latina, MUNDO, gestão, dados, geografia, geopolítica e com certeza estou ainda assim, esquecendo de mais coisas.
É a faculdade que todo cidadão brasileiro poderia fazer para entender melhor seu país e o mundo em volta.
Sigo muito feliz com a escolha que fiz.
Um bom dia a todos! 

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Guerras... Para quê?

Quando entrei na faculdade, comecei a aprender sobre guerras, algo que sempre achei irracional. Sempre achei irracional porque durante meu crescimento, não tive irmãos para lutarem comigo por atenção dos pais ou comida, roupas, etc.
Com o tempo, passei a entender melhor o porquê das guerras. Estados existiriam sem guerras?
O Sistema Internacional existiria sem guerras?
Como defender nossos interesses se sempre tem alguém para nos dizer, "Não, não faça"?
Somos humanos e temos interesses distintos. Cada um podia formar o Estado de seu interesse e quem estivesse na mesma onda, poderia ir para lá e fim. Mas sempre tem algum Estado mais forte para lutar contra. Sempre tem alguém se metendo nos interesses das minorias.
Porque os russos da Ucrânia não podem querer ser da Rússia, Senhor Obama?
O que o senhor tem a ver com um povo que não é nada seu?
Interesses. Jogos de poder. Só isso.
E os Direitos Humanos? Estados Unidos e tantos outros defendendo o DIH pela frente, mas descancando tantos outros países por trás das câmeras.

Bem, diante de todo esse questionamento, cheguei à conclusão de que o que me interessa mesmo na faculdade são as matérias de guerra. Engraçado se discutir direitos humanos enquanto falamos de guerras. O Direito Internacional Humanitário surgiu por causa da desumanidade que vinha acontecendo nas guerras. Mas algo que eu não entendo é como se estabelecer limites entre o que é certo e o que é errado quando se trata de guerra. Guerra é justa em algum momento? Lutar por uma causa, sim, mas nada justifica matar. Falar de qual tipo de bala é mais justa para debilitar o inimigo? O que é isso?
Tudo é muito confuso...

Lembrando que este blog não representa a visão do curso de Defesa e Gestão Estratégica Internacional. A função deste blog é gerar conhecimento sobre quem somos, o que estudamos e trazer quem está de fora para entender um pouco do porquê desta graduação. Isto aqui está sendo um questionamento da autora do blog depois de estudar algumas coisas. O Blog está aberto para novos contribuintes, mas infelizmente, poucos se interessam em enviar suas opiniões. Esperamos criar um grande debate no futuro.

Mas voltando...
Acabei de fazer um resumo sobre formas de guerra para a disciplina Guerra Civil e Assimétrica. O texto fala sobre gerações de guerras e algo que me chamou a atenção, é que hoje, estamos na guerra de quarta geração. Mas o que é isso?

É o seguinte: Segundo o texto lido, que se chama "Compreendendo a Guerra de Quarta Geração, de William S. Lind", hoje em dia, os Estados não mais lutam contra Estados, mas sim, contra instituições. Um exemplo disso, é que os EUA, por exemplo, não lutam contra o Iraque, mas contra o terrorismo, contra as instituições do Hamas, Al Qaeda, por exemplo.
Depois de três gerações de guerras, passando pela Blitzkrieg, tática de guerra alemã, ou a guerra super organizada após a Paz de Westfalia, hoje em dia, luta-se por culturas. Não há nada de novo nesta guerra, o que muda é que tem-se tecnologia para defender causas culturais. Não importa mais o número de baixas se tantos se identificam com a cultura de determinado local.
Isso é muito interessante, pois a velocidade alemã não importa mais, a tática não importa mais, a artilharia tem menos valor que a inteligência...

Por que os Estados guerreiam?
Leiam o texto.

Achei muito interessante.
Tá aí mais um pouquinho do que temos que estudar no curso.
Até breve!

Para quem se interessar, segue o programa da disciplina:



quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Aula Inaugural do Senhor Samuel Pinheiro Guimarães Neto no curso de DGEI

O curso de Defesa e Gestão Estratégica Internacional já está contando com 420 alunos e foi difícil arrumar espaço para todos ontem na Aula Inaugural com o Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães Neto.

Formado em 1963 em Direito pela FND, Faculdade de Direito da UFRJ, Samuel ingressou no mesmo ano no Itamarati e a partir daí, sua carreira decolou. É de certo que foi um estímulo a todos os alunos presentes e vou tentar repassar um pouco da experiência de ontem aqui para vocês.

Samuel é da época que a UFRJ ainda era chamada de Universidade do Brasil. Depois foi Mestre em Economia pela Boston University.
Foi secretário geral das relações exteriores do Ministério das Relações Exteriores, depois foi ministro chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Em 2011 foi designado embaixador Alto Representante Geral do Mercosul. Foi professor da UNB entre 1977 e 1979 e atualmente é professor do Instituto Rio Branco onde leciona Política Internacional e Política Externa Brasileira aos diplomatas que acabaram de entrar para o Instituto Rio Branco.
É autor dos livros "500 anos de periferia" e "Desafios Brasileiros na Era dos Gigantes".
Foi eleito intelectual do ano em 2006 pela União Brasileira dos Escritores.

Vou tentar traduzir nosso encontro de ontem com frases dele. Entendedores entenderão. =)

"Não há Defesa sem Soberania, mas há Soberania sem Defesa."

"Se não houvesse Estados soberanos, não haveria guerra."

"Muitas edulcorações, muitos eufemismos em torno da palavra Defesa."

"Querem desarmar os países desarmados porque os países armados não ameaçam a paz não é?"

"O Brasil não tem a vocação de ser um país pequeno. Tem duas vezes e meia a população da Alemanha... Na verdade, tem que reinventar a forma de defender seus interesses."

"Ao assinar o Tratado de não-Proliferação de Armas Nucleares, o Brasil se autonomeou um país de segunda classe. Isso mostra o quanto somos vulneráveis."

"O Iraque só foi atacado sob o pretexto de que tinha armas de destruição em massa. Mas veja bem, ele só foi invadido porque sabiam que não tinha armas de destruição em massa. Senão ninguém atacaria, não é certo?"

O Embaixador também destacou que o Facebook e Twitter são armas de defesa dos Estados. Os Estados os financiam porque sai mais barato investigar o que acontece nas pequenas relações pessoais do que pagar outras formas difíceis de pesquisa para observar o que está se passando na cabeça das pessoas comuns.
Super Estratégico isso aí. Muitos de nós não havíamos pensado que poucas informações sobre nossas vidas traçam nossos perfis.
Inclusive, algo interessante sobre a aula de Segurança da Informação, é que se você se mostra uma personalidade exaltada, o Facebook passa a te oferecer notícias idiotas como fotos de brinquedinhos fofos que tentem acalmar seus ânimos. E se você anda muito paradão, o Facebook te manda notícias exaltadas para te provocar um senso crítico. É na verdade, uma arma para educar a população. Já pensou nisso?

Voltando,o Embaixador disse sobre o curso de DGEI, que "somos parte de uma tentativa de retomar os estudos de Defesa neste país".

Nas perguntas dos alunos, o embaixador citou que o Brasil tem sim muitos pesquisadores, mas que as empresas mandam suas pesquisas para fora do país num processo chamado de "Tropicalização" e que estas estimulam a pesquisa, não com base em conhecimento, mas com foco no produto final.

Acho que estas poucas frases traduzem o pensamento que ocorreu ontem na sala de aula. São inúmeros desafios que o Brasil tem de enfrentar, e sempre terá, não vamos nos prender nos clichês. Mas dentre tudo isto, o que mais me chamou atenção, foi a capacidade de pensamento estratégico do Embaixador, com anos de experiência e que cada um de nós dentro daquela sala sonha em ter um dia. Me chamou a atenção quando ele disse que temos como maior desafio: A CAPACIDADE DE O BRASIL SE REINVENTAR.

Lendo um livro de negócios ontem, li que tudo precisa ser reinventado para continuar sendo bom. Daí o problema de um país preso aos problemas que se repetem sempre na política, nos governos, na sociedade. Temos setores inovadores, claro, mas temos que punir de verdade os erros de gente grande que já sabe o que faz, temos que nos esforçar de verdade em renovar a sociedade, temos que pensar antes de reeleger estes mesmos erros...

As eleições veem aí.
Fiquem de olho.




terça-feira, 19 de agosto de 2014

Elogio ao trabalho do professor Henrique Paiva

Às vezes pensamos em demonstrar algum tipo de carinho ou admiração, mas parece que estamos forçando a barra ou sendo os famosos "puxa sacos", mas tem uma coisa que eu gostaria mesmo de compartilhar.
Ontem tive uma aula de Segurança da Informação com o professor Henrique Paiva, não efetivo, e que ao final do ano terminará seus dois anos conosco.
Ele criou o tópico especial Cine-Defesa, que todos adoramos. São sessões de filmes à tarde, antes das aulas noturnas, com filmes que nos engrandecem muito e que, nunca entenderíamos sozinhos em casa se víssemos com nossas famílias. São conhecimentos de ditaduras na América Latina, de Stress Pós Traumático entre aqueles que foram às guerras, Sociedades Patriarcais e Machistas, Terapia de Choque e muitos outros tópicos interessantes como questionamentos sobre o porquê de estudarmos e preferirmos este caminho.
Ele também criou slides para explicar um pouco do nosso curso. Ele sempre dá uma aula explicativa do mercado de trabalho e apresentação de possibilidades para o nosso futuro, no primeiro dia de aula. Não importa o período, sempre tem mais gente para ainda ver os slides. Ele sempre os passa.
Com isso, ele nos estimula, nos orienta, nos guia. Com um discurso amigo, ele faz com que não nos sintamos perdidos nesse período novo de nossas vidas.
Ele comandou a cerimônia da primeira colação de grau do curso de DGEI este ano e sempre está envolvido conosco de muitas formas.
Ele sabe o nome de cada aluno, suas histórias e nunca se nega a ajudar.
Nós pedimos orientação para nossos TCCs e ele dá o projeto inteiro! Não precisava de tanto, mas ele faz.
Eu pedi para ele abrir uma turma B para que coubesse em meus horários, fiz uma lista de alunos interessados, ele fez! ahuahauhaua
Não tem como não reconhecer um professor que se esforça tanto por nós.
Excelente, estuda a fundo cada disciplina que leciona.
Algo que me chamou atenção na aula de Segurança da Informação ontem, foi o fato de ele voltar à Era do Gelo para começar a explicar, ele também pegou a lei que explica o que é considerado informação, ele explicou a evolução das sociedades até chegar nessa sociedade da informação que temos hoje e como tudo mudou.
Ou seja, ele não repassa o conteúdo dos livros sobre segurança da informação apenas. Ele busca, cerca de todos os lados para que nosso conhecimento seja completo.
De fato, Henrique Paiva nasceu para ser professor e eu diria que nasceu pra DGEI.
Torço muito para que se torne professor efetivo de DGEI ao final do ano.

Tem minha gratidão e reconhecimento.
Ficam as palavras que eu tinha medo de expor por parecer, para muitos, o velho "puxa-saco".
Mas de qualquer forma, não vejo porque não elogiar alguém que ama o que faz.

O que há de novo, DGEI?

Hoje o curso de Defesa e Gestão Estratégica Internacional formará mais alunos da primeira turma. Será a segunda colação de grau este ano. Devido à reforma de grade ocorrida em 2012, colocando o curso de DGEI com um olhar menos "militarizado" como diziam, e com mais disciplinas que pudessem aumentar ainda mais o leque de um bacharel em Defesa.
Antes, o aluno chegava na metade do curso e podia escolher em que área ele iria querer se especializar, como meio ambiente, saúde e política, hoje, todos os estudantes possuem a mesma formação ao final do curso, com conhecimentos em todas as áreas citadas acima e muito mais.
A colação de grau será às 15:00 no prédio de Letras da UFRJ - Campus do Fundão
Depois, veremos mais detalhes de como foi a cerimônia.

Hoje o curso também receberá Embaixador e ex-Ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE)Samuel Pinheiro Guimarães Neto para a aula inaugural "Estudos de Defesa no Brasil" às 20:00 no auditório C1.

Mais notícias e cobertura dos eventos mais tarde.


domingo, 10 de agosto de 2014

PRAZO PRORROGADO PARA TRABALHOS NA SEMANA DE DEFESA!



Você quer ter um lugar para apresentar aquele trabalho que está preparando há algum tempo?
Apresentar trabalhos é fundamental para seguir com a carreira acadêmica e de pesquisa, conta muito para um futuro mestrado, além de incentivar um aluno tímido a se tornar maior nas suas avaliações pessoais!
Venha com a gente, mande seu trabalho até o dia 23 de agosto para nós!
O PRAZO FOI PRORROGADO!
Você pode ser o vencedor das apresentações e colocar mais uma vitória em seu currículo!
Venha para a SDGEI, dias 29, 30 e 31 de outubro no Auditório A do Centro de Tecnologia - Campus do Fundão - UFRJ
Leiam o edital em:http://media.wix.com/ugd/a36564_c27c01b6f548473baed60c4649375f4f.pdf

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

IV SEMANA DE DEFESA - O evento acadêmico do curso de Defesa e Gestão Estratégica Internacional


Este ano, o curso de Defesa e Gestão Estratégica Internacional estará realizando a quarta edição da Semana de Defesa, um evento acadêmico realizado por alunos do curso, em conjunto com professores, empresas, pesquisadores e profissionais especializados.

  O bacharelado em Defesa e Gestão Estratégica Internacional surgiu em 2009 tendo em vista a 
necessidade de se criar um profissional de natureza multidisciplinar e também preencher uma 
lacuna no que tange a formulação, inovação e gestão de um tema consolidado em muitos outros 
países e cada vez mais presente na agenda brasileira... 
 ...Começou no ano de 2011 e em sua 4ª edição se propõe a criar um espaço 
aberto e democrático entre a academia, governo, sociedade e empresariado em busca de um aperfeiçoamento do egresso e uma maior ampliação tanto do tema defesa quanto da gestão e 
administração eficaz na esfera pública e em empresas nacionais e multinacionais. 
  A IV Semana de Defesa e Gestão da UFRJ propõe estimular o debate de temas relacionados à 
Ciência, Tecnologia e Inovação, na área de Defesa e Gestão Estratégica. O evento assim propicia
tanto o desenvolvimento do saber quanto oportunidades de negócio para os alunos e os demais 
interessados.


Este ano o tema será Ciência, Tecnologia e Informação e ocorrerá entre os dias 29 e 31 de outubro no campus do Fundão, Cidade Universitária, Auditório A do Centro de Tecnologia.
Endereço: CT-UFRJ: Av. Athos da Silveira Ramos 149 - CEP: 21941-909


O evento contará com palestras, mini cursos e mesas redondas. Aos que desejarem apresentar trabalhos deverão enviar suas propostas de apresentação para o e-mail semanadedefesa@gmail.com.
Para mais informações, leiam o edital em anexo nesta postagem. Vale ressaltar que no edital consta como prazo até o dia 8 de agosto, mas O PRAZO SERÁ PRORROGADO.
Acessem o edital em: http://media.wix.com/ugd/a36564_c27c01b6f548473baed60c4649375f4f.pdf

As inscrições serão feitas através do site www.semanadedefesa.com.br e terá a taxa de 20,00. O pagamento da taxa dará o direito de assistir a todas as palestras. Aos que desejarem assistir a algum mini-curso, será cobrada uma taxa extra de 10,00 e aos que participarem da simulação, será cobrada uma taxa extra de 15,00.

A grande novidade deste ano é a simulação que os alunos de Defesa (SimDef) prepararam para o evento: Para os que já conhecem simulações como o SIMUN, por exemplo, onde alunos vestem suas delegações e debatem assuntos importantes do cenário internacional, representando seus respectivos países, faremos algo semelhante em Defesa. É uma ótima oportunidade para entrar no mundo de DGEI e saber um pouco mais dos assuntos que são importantes para a nossa área de estudo.

  O cenário proposto para a edição de 2014 abarca as questões políticas da Venezuela: será criado um desdobramento das tensões com base em determinadas características da situação atual no país e com o envolvimento direto de outros atores regionais, no âmbito do Conselho de Defesa Sul-americano.

  A SimDef visa estimular a produção de conhecimento sobre as questões de defesa e segurança, difundir a cultura de defesa no meio acadêmico, ampliar a capacidade crítica e analítica 
dos graduandos em situações de crise, proporcionar o intercâmbio de diferentes áreas do 
conhecimento e permitir que os alunos vivenciem uma experiência próxima ao que acontece no 
âmbito das Organizações Internacionais. A SimDef se apresenta como a primeira iniciativa de 
simulação dentro da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pretendendo fortalecer ainda mais a cultura de estudos na área internacional da universidade.

O material para os interessados em participar da simulação estarão disponíveis no site www.semanadedefesa.com.br.

Para receber o certificado, o ouvinte terá de comparecer nos três dias do evento.


Aguardem novidades!
A Comissão Organizadora da IV Semana de Defesa agradece a atenção de todos!


sexta-feira, 4 de julho de 2014

França x Alemanha

Embarcando nas ondas da copa do mundo de 2014, após assistir o jogo da Alemanha, o único que desperdicei duas horas para ver até este momento, decidi relembrar aqui os motivos que me fizeram assistir a este jogo...

Luís XIV vs Frederico II (ainda Prússia)

Napoleão III vs Otto Von Bismarck

Charles de Gaulle vs Adolf Hitler

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Os dois países mantém disputas entre si por séculos.
Há quem diga que os problemas começaram muito antes de os dois países se formarem, como os conflitos entre celtas e germânicos e há quem diga que primeiro, teve de haver a existência desses dois países para que enfim, existissem conflitos.
Não sou ninguém para julgar a questão de celtas e germânicos, visto que nunca estudei o assunto, porém, pela carga de estudos sobre história, tenho de discordar que primeiramente foi necessária a existência desses países para que houvessem conflitos.
Antes de a unificação alemã, o povo germânico já disputava por espaço no mapa europeu. Era um povo, que possuía língua e cultura iguais e que já possuía vontade própria.
Não à toa, Napoleão III buscava sempre apoiar a Áustria contra a Prússia, em um joguinho de falsos apoios à Prússia, desde que favorecessem seu interesse, mas no fundo, ele temia a grandiosidade desse Estado próximo às suas fronteiras.
Na verdade, até o século XVI, a França estava preocupada com o Atlântico e sua maior rival, a Inglaterra, enquanto os Estados alemães se preocupavam com a Itália e os Balcãs. Como os Estados alemães possuíam desavenças internas, a França apenas assistia como mediadora e buscava extrair alguma porção territorial em meio aos conflitos.
Falando em territórios, eis que surge a famosa disputa por Alsácia e Lorena, territórios pequenos situados nas fronteiras entre os Estados alemães e França, mas que possuíam grande importância mineral.
Entre 1618 e 1648 ocorreu o primeiro grande problema entre estes rivais seculares. A chamada guerra dos 30 anos teve como causa inicial as diferenças religiosas entre católicos e protestantes dentro do território alemão, trazendo o restante da Europa para o conflito. A França saiu como vitoriosa e com a Alsácia anexada ao seu território.
No século seguinte, a França conseguiu anexar Lorena e se estabeleceu às margens do rio Reno. Neste momento, a França crescia enquanto a Alemanha tentava se reerguer em cima de calcanhares feridos.
Ao longo do século XVIII, a Prússia se tornava um Estado alemão grande o suficiente para disputar espaço com a Áustria.
Na verdade, a França sempre teve a ver com a formação do Estado alemão.
Durante a guerra de sucessão austríaca, entre 1740 e 1748, a França apoiou a Prússia contra a Áustria. Mais tarde, na guerra dos Sete Anos, entre 1756 e 1763, a mesma França que apoiou Prússia, se juntou contra a mesma, ao lado da Áustria.
A Revolução francesa foi motivo para que Prússia e Áustria se unissem contra a França, derrotando-a na Batalha de Leipzig, em 1813. Cabe salientar que em 1812, Napoleão Bonaparte já havia sido enfraquecido pelo inverno russo, mas claro, ainda assim, uma vitória.
O jogo começou a virar a favor da Alemanha quando, com o Congresso de Viena em 1815, a Prússia ganhou territórios, dobrando praticamente sua população e quando, a França deve de aceitar as condições, voltando ao seu tamanho original, antes das batalhas napoleônicas.
A situação melhorou ainda mais, poucos anos depois, quando o general Otto Von Bismarck, se tornou o chanceler prussiano.

Nascido em meio ao Sistema de Metternich, onde havia na Europa um equilíbrio entre forças prussianas e austríacas, que balanceavam muito bem o chamado Concerto Europeu, um sistema de alianças baseado nos valores conservadores. Mas para Bismarck, que enxergava a Prússia como o maior Estado alemão, isso não era mais suficiente.
Um homem conservador, mas flexível. Isso que o fez um grande homem na história. Ele sabia ajustar a política exterior aos interesses internos germânicos. Habilidoso, soube manter em silêncio suas verdadeiras intenções, a fim de atingir seu objetivo de unificar o território alemão sob comando prussiano.
Além de sua sabedoria, ele contou com o brilhante momento em que a França estava sob liderança de um homem menos sábio que ele: Napoleão III, facilmente provocado pois gostava mais de se exibir para a mídia do que em ter inteligentes atos sob seu comando.
Bismarck não queria que a Prússia dependesse somente da Santa Aliança, mas sim, de muitas alianças que cercassem todas as possibilidades de um fortalecimento prussiano.
Além das suas habilidades, Bismarck teve o apoio das condições externas. A Grã-Bretanha estava preocupada não somente com seu império, mas também, com o equilíbrio geral de poder. A Rússia estava pressionando simultaneamente a Europa Oriental, a Ásia e o Império Otomano. A França tinha em suas mãos um novo império, as ambições na Itália e uma aventura no México e a Áustria se preocupava com Itália e com os Balcãns, e com seu papel dirigente na Confederação Germânica.
Bismarck sabia que a Prússia não era tão vulnerável quanto a Áustria ao expansionismo francês. Quanto mais a Áustria temia Napoleão, mais concessões ela tinha de fazer à Prússia.
Ele sabia que a Realpolitik não podia estar associada à uma ideologia. Daí, sua flexibilidade.
A Realpolitik de Bismarck queria destruir o conservadorismo de Metternich, que impediam uma unificação alemã.
Para Bismarck, a Áustria não era essencial para o equilíbrio europeu, como pensava Metternich.
"A Prússia não se engrandeceu mediante o liberalismo, nem graças à liberdade de pensamento, mas por uma sucessão de regentes poderosos, decididos e sábios que administravam minuciosamente os recursos militares e financeiros do Estado e o mantiveram em suas mãos para desejar-los, com muito valor, na balança da política europeia enquanto se apresentou uma oportunidade favorável." Kissinger.

Bismarck tentou liderar a Alemanha então, com a força, e não com valores universais.

Enfim, diante de toda essa conjuntura externa e de toda a esperteza de Bismarck, a Alemanha de unificou e humilhou a França.
Napoleão III se sentiu muito mal quando a Alemanha não reconheceu um representante francês em seu Estado e então, declarou guerra à Prússia. Mas o que Napoleão III não esperava, era que a Áustria juntaria suas tropas com Prússia em caso de ameaça externa. E assim, a Alemanha se unificara.
Afinal, meus queridos, juntando as forças armadas, falando a mesma língua e tendo a mesma cultura, o que seria isso senão um Estado.
A coroação do Kaiser Guilherme I, da Prússia, se deu na França, na sala dos espelhos do Palácio de Versalhes. Resultado: revanchismo francês.
A vitória alemã na guerra franco-prussiana fez com que a Alemanha recuperasse boa parte de Lorena e toda a Alsácia, além de retirar um bom dinheiro da França para si.

A partir daí, o circo já estava armado para a Primeira Guerra Mundial, com muitos barris de pólvora.
A Alemanha passava a buscar mercados, visto que chegou atrasada na corrida imperialista, causando extremo desconforto aos grandes países já existentes, visto que seu crescimento decolou rapidamente.

Como potência perdedora da primeira guerra, a Alemanha sentiu na pele o revanchismo semelhante ao que a França sentiu ao final da guerra franco-prussiana. O Tratado de Versalhes foi punitivo e não semeou a paz, mas sim, a revolta.
Na Segunda Guerra Mundial, as potências começaram a caminhar para um diálogo, que foi de longa discussão, porém, França só reconheceu a soberania alemã em 1955.

Atualmente, Alemanha e França ainda discordam sobre questões políticas, mas uma nova guerra entre os dois países parece ser algo impossível hoje em dia.
Dentro da cultura de cada povo, ainda deve existir entre os mais idosos um certo receio, mas acredito que não deva ser nada de mais.
Ambos são países essenciais para a história do mundo.
A França, com a Revolução Francesa, lançou sobre o mundo os valores universais da Idade Moderna e a Alemanha... bem... a Alemanha...
"Bismarck edificou tão bem a Alemanha, que esta sobreviveu à derrota em duas guerras mundiais, à duas ocupações estrangeiras e à duas gerações como um país dividido." Kissinger
E eu acrescento que hoje é a terceira maior economia do mundo e líder na União Europeia.

Digamos que é o país com maior capacidade de se reerguer do mundo.

Uma frase que sempre repito, porque é genial, é que "A Alemanha sempre foi grande demais, ou pequena demais para a Europa." Kissinger.

Parabéns à vitória alemã nesta copa e, com toda minha admiração pelos dois países em campo, sinto o calor alemão em mim. Que vença a copa!
O Brasil já ganhou demais. Nosso país precisa melhorar em muitos aspectos antes de se esquecer da política para pensar em futebol.




domingo, 15 de junho de 2014

Tópicos Especiais China

A disciplina começa com a Dinastia Song (960 - 279 a. C.)
Suas características são:
* expansão comercial chinesa
* autocracia imperial
* centralização
* unificação militar
* prestígio moral
* queda do poder das famílias
* código confuciano ( 551 - 479 a.C.)
* auge de tecnologia e comércio

Dinastia Ming (1368 - 1644)
* medo de ataque mongol
* crescimento populacional devido ao avanço na agricultura. Não do comércio.
* melhoria de fronteiras
* Estado mais centralizado
* fragilidade
* baixos impostos
* críticas ao comércio
* problemas fiscais
* exército fraco
* expansão bloqueada
* novo ataque

Declínio: problema de arrecadação de impostos, todo o peso da tributação se dava na agricultura, houve outro ataque mongol no norte, fazendo com que a dinastia se fechasse ainda mais para o comércio exterior, resumindo, A PREOCUPAÇÃO COM A UNIDADE DA CHINA CAUSOU O DECLÍNIO DESTA DINASTIA.

Tema da disciplina: O QUE A EUROPA FEZ DE DIFERENTE DA CHINA COM RELAÇÃO ÀS EXPANSÕES COMERCIAIS?
Resposta: GUERRA

Nada de unificação, mas sim, Estados entrando em confronto.
O imperativo da guerra fez com que estados buscassem financiamentos, explorando as atividades comerciais.
Além disso, o auge europeu foi sustentado pelo declínio asiático.
Chama-se essa questão de financiamento por guerra, o ciclo de auto-reforço e este não ocorreu na Ásia.

DINASTIA KING

* aumento populacional
* desenvolvimento do comércio interno
* não ocorreu o desenvolvimento da indústria, como ocorreu na Europa
* quase 500 milhões de pessoas
* como alimentar toda essa população se o uso de força não foi renovado?
* não havia liberdade para os mercadores
* tudo era arrecadado por servidores do Estado
* como não havia o sentido de "privado", não havia como se desenvolver o capitalismo na China neste momento.
* avanço britânico
* movimentos anti-colonos
* China x Japão
* condena o lucro pelo comércio
* subordinação das leis ao moral
* a falta de liberdade individual que existia no ocidente causou problemas ao desenvolvimento industrial chinês
* chineses saindo de seu território em busca de liberdade comercial -> diáspora chinesa. Destinos = Taiwan e Hong Kong



DECLÍNIO IMPERIAL

* aumento populacional
* uso intensivo de recursos
* crescimento do comércio
* queda da produtividade e da produção familiar
* queda das indústrias
* funcionários <=> mercadores
* China além mar
* final do século XIX = rebeliões, elite, invasão japonesa e britânica, indenizações, tributos
* influência estrangeira nas reformas
* revolta dos Taipings e dos Boxers por volta de 1860 a 1890, que eram contra o regime dinástico
* as duas guerras do Ópio + guerra sino-japonesa causam perdas através das altas indenizações que a China teve de pagar, fazendo com que o governo pressionasse os impostos sobre a população
* Como a Inglaterra estava perdendo sua hegemonia nesta época, ela encontrou no Japão um aliado para dominar a China, o Japão percebeu que as coisas estavam mudando e buscou modernização interna através de contatos ocidentais
* uma das formas de mostrarmos como tudo vai mudando na China é ver o que a influência externa, de invasões estava fazendo com as elites, que passavam a questionar a dinastia, com a criação dos partidos COMUNISTAS, de Chiang Kai Chek

DETALHES PARTIDÁRIOS

* surgimento de lideranças provinciais
* milícias: forças militares paralelas ao exército imperial para conter as revoltas
* papel extraburocrático das elites
* Kuomitang já pedindo revisão de tratados comerciais que atrapalhassem a China
* Kuomitang tinha influência da URSS
* Xiang não queria uma mudança estrutural. A partir dele nasce o PCC sob influências anarquistas
* Guerra civil entre PCC e Kuomitang
* PCC acreditava que  a emancipação da população chinesa só se daria quando o poder dos grandes fazendeiros minasse
* adaptação de Mao Zedong: proletário na Rússia é o camponês na China
* PCC e Kuomitang se juntam contra os japoneses, mas o exército do PCC que ganha de verdade o destaque, fazendo Xiang ir para Taiwan
* Mao permanece na China, fazendo a Revolução em 1949
* Foi durante a República Comunista que se iniciou esse processo de crescimento chinês que conhecemos hoje

REPÚBLICA (1901-1916)

* forças que emergem em 1911: governo imperial, pequena nobreza e elite urbana
* elite + governo contra rebeliões
* ativismo extra-burocrático das elites
* mentalidade ocidental
* influência japonesa - reformas
* elite chegou a ter dinheiro para construir sua própria ferrovia, mostrando a fraqueza do governo
* Yuan Shikan criou o parlamento, a república, mas depois se declarou imperador
* ameaça de retorno de uma autocracia
* parlamento + kuomitang = resistência = senhores de guerra

REPÚBLICA POPULAR DA CHINA (1949-1953)
* exército de libertação popular
* comissões militares
* conselho de administração de governo (força de segurança, comissão de assuntos militares, assembléias)
* modernização do governo
* economia
* guerra da coreia
* relações externas
* coletivização do campo
* grupos de ajuda militar
* cooperativas
* grupos de produção
* governo com monopólio de preços e de excedentes

1º Plano Quinquenal (1953-1957)
* aumento da renda
* aumento da produção agrícola
* aumento do salário
* ajuda da URSS

2º Plano Quinquenal (1956 --)
* indústria pesada
* fábricas
* queda do apoio da URSS
* indústrias no campo
* queda da centralização

Campanha Antidireitista

1958 - Grande Salto Adiante
* motivações: diferenças URSS
* estímulo à agricultura
* "mobilização das massas"
* descentralização
* resultados críticos do plano

Resumindo: A partir da criação do Partido Republicano, a China vive com o Partido Nacionalista: Kuomitang.
Lá pelos anos 20, a China entra numa guerra civil e do Kuomitang, nasce o PCC e ambos começam a disputar espaço
A URSS apoiou a China durante a invasão japonesa.
PCC ganha força durante a guerra sino-japonesa e Mao se destaca.
Desde o início, o processo revolucionário de Mao esteve voltado para o campo e altas taxas de investimento do governo moldaram o crescimento chinês. Essa estratégia estava moldada nos Planos Quinquenais.
A China sustentou seu crescimento pacificamente, sem invadir outros territórios.

PRIMEIROS ANOS DA REPÚBLICA POPULAR
* centrada principalmente no partido
* exército popular de libertação foi submetido ao partido.
* o PCC criou regiões administrativas e o exército as controlava.
* o exército foi muito usado para legitimar o poder da República Popular, aliás, muitos membros do exército eram membros do partido.
* Mao conseguiu mobilizar muitos jovens contra o capitalismo
* tudo passava a ser submetido ao governo central
* coletivização do campo
* URSS apoiou à princípio
* EUA reconhecem Taiwan, mas não a China. ( Durante a Guerra Fria, os EUA ainda dialogavam com a China para evitar a influência da URSS, mas na Guerra da Coreia isso acabou. As relações foram rompidas e voltaram somente na década de 70.)
* No final dos anos 60, a China rompeu com a URSS e os EUA se aproximaram
* China reconhecida pela ONU
* Durante a Guerra da Coreia, China e URSS ficam do mesmo lado: Coreia do Norte
* o comunismo chinês começou pela coletivização do campo
* grupos de trabalho reuniam os camponeses em torno de uma produção e esses grupos eram controlados por membros do partido
* o preço dos produtos agrícolas eram totalmente controlados pelo Estado
* Se houvesse excedentes, eles seriam controlados pelo Estado. O vendedor não poderia revendê-los sozinho. Ele tinha que revender ao Estado, que estipulava o preço a ser pago.
* no Primeiro Plano Quinquenal, houve apoio financeiro da URSS
* a indústria avançou enquanto a agricultura decaia
* isso tudo desestimulou aos agricultores
* há um certo abandono da agricultura no Grande Salto Adiante, onde Mao investe mais em indústrias
* O Grande  Salto Adiante foi uma resposta de Mao às críticas que estava sofrendo
* A Revolução Cultural também.
* Com a Revolução Cultural, Mao empreende um esforço completo de mobilização política a favor do comunismo. Isso gera tensões dentro do partido que questiona Mao, como Deng Xiaoping.

APÓS A MORTE DE MAO
* Deng Xiaoping
* reformas e abertura
* tigres asiáticos
* QUATRO MODERNIZAÇÕES: agricultura, indústria, tecnologia e exército
* exportação de armas
* "Grande Compromisso" = exército apoia as reformas, o partido e a unidade e o Governo Central financia a modernização do exército.
* transição ao capitalismo da China muito mais lenta do que o da URSS. URSS se esfacelou e a China não.
* As reformas de Deng se aliaram a uma conjuntura favorável externa na época
* Essa conjuntura tem a ver com a economia dos EUA, que buscavam importar barato devido à crise que passavam nos anos 70 por causa do petróleo
* A China não rompeu em momento algum durante sua abertura com a estrutura que havia antes.
* Houve a manutenção do exército submetido ao governo central, por exemplo
* A China se utilizou do avanço econômico para financiar seu exército
* Tigres asiáticos receberam investimentos americanos
* Deng não se acomodou com as exportações
* socialismo de mercado
* China hoje
* investimentos em África e outros países emergentes
* grande crescimento comercial
* o retorno do gigante

Bem pessoal, esse foi um resumo de todo o meu caderno, em tópicos.
Tem muito mais do que isso, basta ler aqui e aprofundar.
Espero que sirva de base para os estudos!
Este foi o primeiro de todos os resumos de disciplinas que predendo fazer, com ou sem a ajuda de outros alunos.
Bons Estudos!




quarta-feira, 11 de junho de 2014

Abordagem de disciplinas

Um olá a todos os alunos de DGEI e visitantes!

Como forma de contribuir para ambos os lados, venho anunciar que nestas férias estarei iniciando o RESUMÃO DE DEFESA.

O que seria o resumão de Defesa?

Seria um resumo básico das disciplinas que temos pela visão dos alunos.
Iniciarei com a disciplina Tópicos Especiais - China e aceito resumos de outros alunos, que queiram contribuir com o blog. Assim, poderemos ajudar alunos de DGEI que vão cursar ainda estas disciplinas e poderemos mostrar aos visitantes do blog um pouco do que aprendemos no curso.

Então, em breve...
RESUMÃO DE DGEI!

Boas Férias!

=)

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Interessante... Kosovo

A Sérvia é dividida em três partes: Sérvia Central, Província Autônoma da Vojvodina e Província Autônoma do Kosovo e Metohija.
Kosovo era ocupado por Sérvios desde a Idade Média.
Em 1389 houve uma invasão do Império Otomano e os Sérvios perderam.
Eles eram um Estado bem religioso, principalmente católico.
Na época que estavam sob o domínio do Império Otomano, Foi imposto o Islamismo lá, esse domínio durou de 1459 até 1912.
Isso fez com que muitas famílias emigrassem do território.
A ocupação do Kosovo se deu por albaneses, que com o tempo foram se tornando maioria.
As igrejas (em torno de 1300) e monumentos sérvios no local são prova da ocupação sérvia anteriormente. Alguns são patrimônios da humanidade e muitos foram transformados em Mesquitas para os islâmicos.
Guerra do Kosovo - final dos anos 90: Exército Iugoslavo X Exército de Libertação do Kosovo ou ELK (que era uma guerrilha formada por ALBANESES que, com armas contrabandeadas na Albânia, começaram a atacar prédios oficiais iugoslavos no Kosovo em busca de independência.)
Sérvios foram acusados de limpeza étnica de albaneses kosovares. Porém, o ELK fez sequestros e assassinatos a civis não apenas contra sérvios, mas também contra o povo roma e até mesmo albaneses acusados de colaborar com autoridades sérvias.
Um fato interessante é que o ELK era visto como um grupo terrorista pelos EUA, a França e a Grã Bretanha até 1998, quando foi misteriosamente retirado da lista e passou a ser financiado por eles.
Após falha nas negociações de paz, a OTAN decidiu iniciar um bombardeio de 78 dias não autorizado pelas Nações Unidas a alvos militares e civis na Iugoslávia, cujo resultado vemos até hoje pelas ruas de Belgrado. Depois disso, as tropas iugoslavas se retiraram do Kosovo e deram lugar às "tropas de paz" da OTAN.
Desde 1999, a Província Autônoma do Kosovo e Metohija se encontra sob administração das Nações Unidas e, em 2008, o Kosovo declarou sua independência unilateralmente.
Desde que as tropas sérvias se retiraram, os sérvios que moram no Kosovo ficaram literalmente sem defesa e passaram a ser vítimas de ataques diários de extremistas albaneses. A hostilidade é tanta, que muitos não podem nem sair na rua.
De acordo com o Ministério do Kosovo e Metohija, mais de 1.000 sérvios foram assassinados no Kosovo desde junho de 1999.
Em 2011, há dados que dizem que mais de 10.000 sérvios tiveram seus nomes "albanizados" (por exemplo, Nikolić virou Nikoligi, Petrović virou Petrovigi) e tiveram suas nacionalidades alteradas de "sérvios" para "kosovares". Isso pode ser interpretado muito bem como limpeza étnica.
Há indícios de que o governo do Kosovo seja uma organização criminosa e que recebe apoio dos EUA apenas pelo fato de ter Petróleo.
Desde o fim da Guerra do Kosovo, não há nenhum tipo de conflito armado entre o exército sérvio e o exército dos albaneses kosovares. Eles têm tentado resolver civilizadamente suas disparidades através de rodadas intermináveis de negociações.
Em abril de 2013, o Parlamento Europeu deu à Sérvia um ultimato para aceitar ou não, em um pequeno prazo, de uma semana, a entrada no Kosovo na União Europeia. Isso era inadmissível para os sérvios, que praticamente estavam sendo obrigados a reconhecer a independência do Kosovo e se esquecer dos sérvios que lá vivem.
Eles não aceitaram, claramente.
Há poucos dias, o presidente sérvio, Tomislav Nikolić, mencionou vários fatos verídicos em seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas sobre a importância da justiça criminal internacional em reconciliações. A Assembleia foi, então, boicotada por oficias dos EUA e do tribunal de Haia, que claramente não queriam deixar que a verdade fosse dita.
Por fim, assistam a esse vídeo com a música "Ninguém pode saber" que apresenta mais alguns fatos que a mídia ocidental não exibe sobre o Kosovo: http://youtu.be/D4j1uGhjva0

Referências:
http://www.bemvindoaservia.com/2013/04/a-verdade-sobre-o-kosovo.html